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Netflix faz oferta bilionária por futebol e reacende disputa com TVs lineares
Publicado 10/10/2025 • 22:27 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 10/10/2025 • 22:27 | Atualizado há 3 dias
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A Netflix fez uma oferta de aproximadamente US$ 1 bilhão pelos direitos de transmissão da Champions League nos Estados Unidos, com o objetivo de exibir os jogos a partir da temporada 2027/2028. A proposta representa o movimento mais ambicioso da plataforma no mercado de esportes ao vivo, segmento que vem se consolidando como prioridade estratégica entre os serviços de streaming.
O acordo em negociação com a UEFA insere a Netflix em um jogo bilionário que já conta com gigantes como Amazon e Apple. A Amazon desembolsa US$ 1 bilhão por ano para transmitir partidas da NFL, enquanto a Apple firmou um contrato de US$ 2,5 bilhões por dez anos com a Major League Soccer (MLS).
A investida reflete a aposta crescente do setor de streaming em eventos esportivos ao vivo como ferramenta para atrair novos públicos, fidelizar assinantes e expandir receitas publicitárias, especialmente nos planos com anúncios.
O movimento marca uma guinada na estratégia da Netflix, que até recentemente evitava transmissões esportivas por conta do alto custo e da complexidade logística. Agora, a empresa parece disposta a usar o futebol europeu — um dos produtos mais valiosos do esporte global — como vitrine para consolidar sua presença em um dos mercados mais disputados do entretenimento digital.
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Em 2024, a Netflix deu seus primeiros passos no mercado de esportes ao vivo com eventos pontuais, como a partida de exibição entre Rafael Nadal e Carlos Alcaraz e uma edição especial da luta livre WWE. Agora, a empresa mira torneios com calendário fixo e apelo global, e a Champions League surge como o principal alvo — um dos eventos mais valiosos do futebol mundial, com audiência de milhões em vários continentes. No Brasil, os direitos do torneio estão atualmente divididos entre o SBT e a HBO.
O movimento faz parte da estratégia da plataforma para expandir sua presença internacional, especialmente em regiões como América Latina, Ásia e África. Ao investir na principal competição de clubes da Europa, a Netflix aposta em um produto de alto reconhecimento global e engajamento constante, capaz de fortalecer sua marca fora do mercado norte-americano.
Outro fator determinante é o potencial comercial dos eventos ao vivo. Diferentemente dos conteúdos sob demanda, as transmissões esportivas geram audiência em tempo real, criando um público cativo e altamente valioso para anunciantes. A Netflix, que lançou recentemente planos com publicidade, vê nos esportes uma oportunidade de ampliar a receita e fidelizar assinantes.
A disputa pelos direitos da Champions League ilustra a transformação estrutural da indústria audiovisual. Plataformas de streaming, antes dedicadas a filmes e séries roteirizadas, agora competem diretamente com a TV tradicional por conteúdos que garantem audiência imediata. O interesse da Netflix pelos esportes ao vivo reforça essa tendência e confirma: a fronteira entre o streaming e a televisão linear está cada vez mais difusa.
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