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Warner e Paramount discutem fusão bilionária em meio à crise do setor de entretenimento
Publicado 14/09/2025 • 13:00 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 14/09/2025 • 13:00 | Atualizado há 2 meses
Studio Warner Bros
Foto: Chris Yarzab/Wikipedia Commons
A Warner e a Paramount estão em tratativas avançadas para uma possível fusão bilionária que pode remodelar o mercado global de mídia e entretenimento. Segundo executivos próximos aos dois grupos, a negociação está avaliada na casa dos US$ 30 bilhões e envolve a união de ativos estratégicos para conter o avanço das perdas da TV paga e ampliar a presença no streaming.
A Warner Bros. Discovery, dona da HBO, CNN e dos personagens da DC Comics, tenta se reequilibrar depois da fusão entre WarnerMedia e Discovery em 2022. Desde então, a empresa tem promovido cortes de gastos, cancelado produções e enfrentado dificuldades para fazer a plataforma HBO Max ser lucrativa. Em 2024, a companhia fechou o ano com uma dívida líquida superior a US$ 43 bilhões.
Já a Paramount Global, que controla marcas como CBS, MTV, Nickelodeon, Showtime e o streaming Paramount+, também passa por forte pressão financeira. O grupo chegou a ser colocado à venda em 2023, com diversas tentativas de negociação com fundos de investimento e outras empresas do setor. A empresa perdeu mais de 60% do seu valor de mercado nos últimos dois anos.
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A possível fusão entre Warner e Paramount criaria um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, reunindo estúdios de cinema, canais de TV aberta e paga, plataformas de streaming e grandes bibliotecas de conteúdo. O novo grupo teria potencial para competir diretamente com Disney, Netflix e Amazon, que atualmente dominam o mercado de entretenimento digital.
Segundo fontes do mercado financeiro, o acordo envolveria uma estrutura de troca de ações e absorção de passivos, ainda em estudo. As conversas começaram discretamente no primeiro semestre de 2025, mas ganharam força nos últimos meses com o aumento da pressão de acionistas por soluções estratégicas. A previsão é de que um anúncio oficial ocorra até o fim do ano, caso não haja entraves regulatórios.
Nos bastidores, a fusão é tratada como uma medida defensiva diante da fragmentação da audiência, da queda nas receitas com publicidade tradicional e do encolhimento do número de assinantes da TV por assinatura. Os dois grupos, que já enfrentam cortes internos desde 2023, enxergam na união uma possibilidade de diluir custos operacionais e integrar plataformas.
Uma das principais consequências da fusão seria a revisão da operação dos canais pagos nos Estados Unidos e em mercados internacionais, incluindo o Brasil. Canais como Warner Channel, TNT, Space, CBS, Comedy Central e Nickelodeon são concorrentes entre si e não teriam motivo para seguir operando nos moldes atuais em uma eventual fusão, tal qual a HBO Max e o Paramount+.
Apesar do interesse mútuo, o acordo depende de aprovações de órgãos reguladores dos Estados Unidos, que vêm analisando com mais rigor as fusões no setor de tecnologia e mídia. Além disso, a concentração de canais e serviços poderá gerar questionamentos sobre competitividade e impactos para o consumidor final.
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