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Em “Sagração”, Deborah Colker faz releitura de Stravinksy sob olhar indígena

Publicado 08/06/2025 • 09:18 | Atualizado há 7 horas

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Felipe Machado

Felipe Machado é analista de economia e negócios do canal Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. É jornalista, escritor e guitarrista fundador da banda VIPER

Sagração, de Deborah Colker.

Sagração, de Deborah Colker.

Divulgação Deborah Colker.

Que coisa maravilhosa é “Sagração”, espetáculo da Companhia Deborah Colker inspirado em “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky. No palco, os corpos dos bailarinos são canvas em branco onde Deborah desenha seus sonhos. Cada movimento, uma pincelada. Touché.

Quem vê um espetáculo dessa grande coreógrafa brasileira sai pensando “como esses movimentos são possíveis?”. “Como alguém pode criar algo assim?” O difícil, porém, é encontrar a resposta.

Stravinsky era um revolucionário. Quando “Le Sacre du Printemps” estreou em Paris, em 1913, foi um caos. Como assim, uma composição sem um único tom definido, mas vários, e ainda com diversos ritmos sobrepostos? De onde vinha aquela dissonância tão surpreendentemente harmônica? Que loucura era aquela?

Não é à toa que Miles Davis e Charlie Parker amavam Stravinsky.

Pois Deborah Colker pega Stravinsky e vira do avesso. Usa a cerimônia do sacrifício de uma jovem eslava e transforma em um ritual indígena, cercado apenas por bambus.

Pega o balé pagão de Nijinsky e faz uma sequência de cenas que representa a evolução da vida - tudo isso ao som de ritmos brasileiros.

“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.

Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.

“Sagração” está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, de 6 a 8/6 e 11 a 15/6. O patrocínio é do Ministério da Cultura, Petrobras e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Imperdível.

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