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Bastidores de Brasília Julia Lindner

Sem Gleisi, cúpula do PT “abraça” Haddad e ajusta o tom sobre política econômica

Publicado 20/03/2025 • 22:27 | Atualizado há 2 dias

Julia Lindner, do Times Brasil

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Julia Lindner

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tem experiência na cobertura de política e economia em Brasília desde 2016. Com passagens pelos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico.

KEY POINTS

  • Humberto Costa, recém-referendado como presidente interino do partido, sinaliza uma mudança de tom ao adotar postura mais conciliadora com o ministro da Fazenda.
  • A cúpula do PT pretende manter críticas à política econômica sem ataques diretos a Fernando Haddad, afastando o embate protagonizado por Gleisi Hoffmann.
  • Apesar da elevação da Selic pelo Copom, Costa acredita que o Banco Central poderá iniciar um ciclo de redução das taxas a partir do segundo semestre.

Confirmado como presidente do PT nesta quinta-feira (20), o senador Humberto Costa (PE) deu o tom de como será a sua gestão ao receber o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma conversa reservada com a Executiva da legenda. Costa ficará à frente da sigla até julho, quando acontecerá uma nova eleição.

De acordo com aliados de Costa, o intuito é iniciar uma fase de “paz e amor” com Haddad, que enfrentou por diversas vezes o fogo amigo da ex-presidente do partido, Gleisi Hoffmann. A ideia é manter a postura crítica da sigla em relação ao cenário econômico, mas sem ataques direcionados ao ministro.

Como vice-presidente do PT, Costa já buscava, nos bastidores, organizar um grupo de apoio a Haddad com a intenção de protegê-lo das “pancadas” de alguns membros do partido, segundo pessoas próximas.

Interlocutores de Costa dizem que ele tem um perfil diferente do de Gleisi, mais conciliador. Além disso, ele é tido como um entusiasta da política adotada por Haddad e quer ter uma relação “construtiva” com a equipe econômica.

Na conversa, o ministro da Fazenda deu uma visão otimista do cenário econômico, considerando o bom humor do setor industrial, mas admitindo haver um “mau humor desarrazoado do setor financeiro”.

A decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros de 13,25% para 14,25% ao ano já estava “precificada” por Costa e foi pouco abordada na reunião com Haddad. Em comunicado oficial, ele disse esperar uma redução somente a partir de julho.

“Esperamos que, daqui para a frente, o Banco Central possa mudar o seu posicionamento e comandar um processo de redução das taxas de juros. Nossa expectativa é que, a partir de julho, a Selic comece a cair.”

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