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Plano de Negócios Rodrigo Loureiro

A missão do novo CEO da Americanas: enxugar o negócio

Publicado 27/08/2025 • 00:07 | Atualizado há 4 horas

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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos especializados do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, onde analisa as principais movimentações do mercado.

KEY POINTS

  • Fernando Soares, vice-presidente de operações, assumirá como CEO da Americanas a partir de 1º de outubro, substituindo Leonardo Coelho.
  • Soares tem experiência na reestruturação da Domino’s no Brasil e passagem pela AB-Inbev.
  • A missão de Soares será desafiadora, já que a Americanas ainda se recupera do escândalo fiscal que gerou um rombo de R$ 40 bilhões, evitado graças ao aporte dos sócios de referência.

Em fato relevante divulgado nesta semana, a Americanas comunicou ao mercado que está promovendo uma mudança no comando da varejista. O executivo Fernando Soares, que até então era vice-presidente de operações da empresa, assumirá a função de CEO a partir de 1º de outubro.

Soares, que está na operação da Americanas há quase um ano, substitui Leonardo Coelho, que será transferido para o Comitê Financeiro da companhia. Antes de chegar à Americanas, Soares liderou e organizou a reestruturação da Domino’s no Brasil e também passou pela AB-Inbev.

A missão de Soares será mais desafiadora do que a enfrentada na rede de pizzarias. A Americanas possui um histórico complicado: a companhia ainda se recupera do escândalo fiscal que gerou um rombo de R$ 40 bilhões no caixa. O negócio só não faliu graças ao aporte dos sócios de referência.

Leia também: Em recuperação judicial, Americanas anuncia Fernando Dias Soares como novo CEO

Embora a reestruturação esteja em fase final e o processo de recuperação judicial nos capítulos derradeiros, a Americanas ainda precisa provar ao mercado que pode operar no longo prazo com uma alavancagem saudável. Em 2022, em meio à crise fiscal, a relação dívida/Ebitda se aproximou de 6x.

Atualmente, os números são bem mais positivos, embora parcialmente camuflados pelo aporte financeiro que salvou a empresa. Mesmo com uma dívida bruta de R$ 1,88 bilhão, a companhia terminou o segundo trimestre deste ano com R$ 103 milhões em caixa. Isso, porém, não significa que a situação esteja totalmente resolvida.

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A Americanas precisa definir o destino de ativos que podem pesar no balanço no longo prazo. Um exemplo é a rede Natural da Terra. No processo de recuperação judicial, a empresa comprometeu-se com os credores a vender a operação de hortifrutis adquirida em 2021 por R$ 2,1 bilhões.

Ao coletar ofertas pela varejista, a Americanas sabe que dificilmente recuperará o valor pago há quatro anos. Até o momento, nenhuma proposta cobriu sequer 50% do que foi investido.

O plano de tornar o negócio mais enxuto inclui também o fechamento de lojas físicas. Nos 12 meses encerrados em junho, a Americanas fechou definitivamente 101 lojas, terminando o primeiro semestre com 1.521 pontos físicos.

Embora as lojas físicas tenham apresentado crescimento em volume de vendas — 35,7% no ano —, a companhia entende a necessidade de ajustar o número de unidades. O objetivo interno é manter cerca de 1.500 lojas, pelo menos neste primeiro momento.

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