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Ações da Trump Media caem 10% após empresa anunciar captação de US$ 2,5 bilhões para comprar bitcoin

Publicado 27/05/2025 • 13:49 | Atualizado há 1 dia

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Trump Media anunciou nesta terça-feira a captação de US$ 2,5 bilhões junto a investidores institucionais para financiar uma das maiores alocações de bitcoin no tesouro corporativo já realizadas por uma empresa de capital aberto.
  • As ações da companhia caíram cerca de 10% após o anúncio.
  • Este é o mais recente — e também o mais ambicioso — movimento na transformação da empresa.
Donald Trump.

Donald Trump.

Foto: MANUEL BALCE CENETA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

LAS VEGAS — A Trump Media anunciou nesta terça-feira a captação de US$ 2,5 bilhões junto a investidores institucionais para financiar uma das maiores alocações de bitcoin no tesouro corporativo já realizadas por uma empresa de capital aberto.

As ações da companhia caíram cerca de 10% após o anúncio.

Este é o mais recente — e também o mais ambicioso — movimento na transformação da empresa, que surgiu como uma plataforma social voltada à liberdade de expressão e agora busca se posicionar como uma player dos serviços financeiros.

O acordo inclui US$ 1,5 bilhão em ações ordinárias e US$ 1 bilhão em notas conversíveis. Os recursos serão destinados à compra de bitcoin, que passará a ser um ativo central do tesouro da empresa. Segundo a Trump Media, há contratos de subscrição firmados com cerca de 50 investidores institucionais.

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A empresa também confirmou que os bitcoins serão custodiados pela Anchorage Digital e pela Crypto.com — mesma plataforma que recentemente firmou parceria para ajudar a Trump Media a lançar seus primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs).

O anúncio ocorre em meio à aproximação do bitcoin de suas máximas históricas e do início da maior conferência do ano sobre ativos digitais, a Bitcoin 2025, realizada na Strip de Las Vegas. O evento ajudou a consolidar a imagem do presidente Donald Trump como o primeiro “presidente cripto” dos Estados Unidos.

Neste ano, a conferência conta com forte presença da Casa Branca de Trump, com a participação do vice-presidente JD Vance, Donald Trump Jr., Eric Trump, do czar das criptos David Sacks e de outros altos funcionários do governo.

As ações da Trump Media continuam voláteis, com queda de quase 30% no acumulado de 2025. A companhia tem valor de mercado de cerca de US$ 5,3 bilhões, apesar de ter registrado apenas US$ 3,6 milhões em receita e um prejuízo de US$ 400 milhões em 2024.

Trump possui, de forma indireta, mais de 114 milhões de ações da Trump Media, por meio de um fundo revogável.

Devin Nunes, CEO da companhia e ex-congressista pela Califórnia, descreveu o bitcoin como um “instrumento supremo de liberdade financeira” e disse que essa é apenas a primeira de várias aquisições que considera “joias da coroa” que a empresa pretende realizar.

Ele caracterizou a estratégia como uma medida de proteção, afirmando que ajudará a resguardar a empresa contra o que chamou de “discriminação contínua por parte de instituições financeiras” contra negócios conservadores.

A Trump Media já assinou um acordo com a Crypto.com para lançar uma série de ETFs e produtos de ativos digitais ainda neste ano, dependendo da aprovação regulatória.

Esses fundos incluirão cestas com criptomoedas como o próprio bitcoin e o token nativo da Crypto.com, o cronos, além de valores mobiliários tradicionais. Eles serão comercializados com a marca Trump Media e estarão disponíveis para investidores globais nas principais corretoras e no aplicativo da Crypto.com, que possui mais de 140 milhões de usuários no mundo todo.

A medida aprofunda a presença de Trump no setor cripto: a World Liberty Financial, outra entidade ligada ao presidente, já acumulou um volume considerável de criptoativos, e o presidente assinou neste ano uma ordem executiva para estabelecer uma reserva de bitcoin e um estoque separado de criptomoedas para o governo federal.

A expansão para o setor de serviços financeiros se soma ao crescente descontentamento de republicanos com o que veem como discriminação bancária contra conservadores.

Líderes da indústria cripto também têm prestado depoimentos no Congresso sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor com o fechamento de contas bancárias durante o governo do presidente Joe Biden.

O próprio Trump manifestou frustração com executivos do Bank of America e do JPMorgan durante uma aparição recente no Fórum Econômico Mundial em Davos, acusando-os de “excluir” clientes conservadores.

O lançamento da Truth.Fi, somado à crescente popularidade de criptomoedas ligadas ao universo Trump, parece ser a resposta do setor privado a esse cenário.

O movimento de converter US$ 2,5 bilhões do tesouro corporativo em bitcoin também segue uma tendência crescente entre empresas politicamente alinhadas, que vêm transformando seus caixas em estruturas pesadamente expostas à criptomoeda. Essa estratégia ganhou destaque em 2020, com a MicroStrategy de Michael Saylor — mas agora ganha impulso com o movimento político de Trump e seus aliados do setor cripto.

Jack Mallers busca rivalizar com a Strategy ao lançar uma nova empresa de bitcoin com apoio da Tether e do SoftBank. Já David Bailey — arquiteto de outra iniciativa cripto ligada a Trump, a Nakamoto Holdings — recentemente liderou uma fusão de US$ 710 milhões com a empresa de saúde KindlyMD, que passará de um modelo focado em recuperação holística de opioides para uma estratégia prioritariamente cripto.

Bailey, que atua como conselheiro confiável do governo Trump na área de cripto, descreveu o plano como: “Strategy ao quadrado.”

“Nossa meta total é aumentar a quantidade de bitcoin por ação”, disse Bailey anteriormente à CNBC, detalhando os planos de adquirir empresas nativas do ecossistema bitcoin em todos os principais mercados de capitais.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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