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Criptomoedas

Binance, cujo fundador foi perdoado por Trump, nega favorecer negócios da família do presidente

Publicado 04/11/2025 • 13:30 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • O CEO da Binance, Richard Teng, negou que a corretora tenha promovido uma stablecoin ligada a Donald Trump antes do perdão presidencial concedido a Changpeng Zhao.
  • O investimento de US$ 2 bilhões da Binance com o fundo MGX, de Abu Dhabi, foi liquidado usando a USD1, criada pela empresa de criptomoedas da família Trump.
  • A controvérsia intensifica o escrutínio sobre a relação próxima de Trump com o setor cripto e as recentes reversões de medidas regulatórias.

Wikipedia

RichardTeng, CEO da Binance

O CEO da Binance, Richard Teng, negou as alegações de que a corretora de criptomoedas teria ajudado a impulsionar uma stablecoin apoiada por Donald Trump antes de o ex-CEO Changpeng Zhao receber um perdão presidencial.

As alegações dizem respeito a um investimento de US$ 2 bilhões recebido pela Binance do fundo estatal de investimentos de Abu Dhabi, o MGX. O acordo foi realizado por meio da USD1, uma stablecoin criada pela empresa cripto da família Trump, a World Liberty Financial.

O investimento do MGX e a posterior listagem da USD1 na Binance ajudaram a fortalecer o uso e a credibilidade da stablecoin. Alguns parlamentares e veículos de imprensa sugeriram que isso pode ter influenciado o perdão concedido a Zhao, conhecido como CZ.

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No entanto, em entrevista à CNBC nesta segunda-feira, Teng rejeitou a ideia de que a Binance — a maior corretora de criptomoedas do mundo — tenha dado tratamento preferencial à USD1.

“Em primeiro lugar, o uso da USD1 na transação entre o MGX, como investidor estratégico da Binance, foi uma decisão do próprio MGX… Nós não participamos dessa escolha”, afirmou Teng.

Ele acrescentou que a USD1 já estava listada em outras corretoras antes da Binance, ressaltando que, por ser o “maior ecossistema cripto do mundo”, a empresa frequentemente se envolve com novos projetos promissores.

“Às vezes funciona, às vezes não. No caso da USD1, fico feliz que ambas as partes tenham conseguido chegar a um bom resultado.”

Acusações de corrupção

As declarações de Teng ocorrem após o Wall Street Journal publicar, na semana passada, que a Binance não apenas facilitou a liquidação do investimento do MGX com o uso da USD1, como também teria ajudado no desenvolvimento da tecnologia por trás da stablecoin, citando fontes anônimas.

O jornal também informou anteriormente que a World Liberty Financial se beneficiou amplamente da listagem do token USD1 na Binance e de uma parceria com a PancakeSwap — um marketplace de criptomoedas associado à Binance.

Enquanto isso, cresce o escrutínio sobre o perdão concedido a CZ e as ligações da Binance com a World Liberty Financial, empresa vinculada à família Trump.

Entre as vozes mais críticas está a senadora Elizabeth Warren, integrante do Comitê de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado dos Estados Unidos, que acusou a Binance e o governo Trump de corrupção.

Em um comunicado no mês passado, a senadora — uma das principais críticas da indústria cripto — afirmou: “Primeiro, Changpeng Zhao se declarou culpado por uma acusação criminal de lavagem de dinheiro. Depois, ele impulsionou um dos empreendimentos cripto de Donald Trump e fez lobby por um perdão”, acrescentando que o presidente depois “fez sua parte”.

A Binance não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. CZ deixou o cargo de CEO em 2023, mas continua sendo o principal acionista da empresa, segundo Teng.

Críticos têm questionado há tempos as conexões abertas da World Liberty Financial com o governo Trump, especialmente enquanto a empresa busca novas parcerias e investidores no exterior.

De acordo com o site da World Liberty Financial, uma empresa ligada a Trump chamada DT Marks DEFI LLC — junto com membros da família Trump — recebe uma fatia significativa das receitas da plataforma e detém tokens digitais que sustentam o negócio, conhecidos como WLFI. A companhia teria rendido centenas de milhões a bilhões de dólares em lucros à família Trump.

No entanto, o site também afirma que nem Trump, nem sua família, nem membros da Trump Organization ou da DT Marks DEFI LLC atuam como “dirigentes, diretores, fundadores, funcionários, gestores, proprietários ou operadores da World Liberty Financial ou de suas afiliadas.”

A compra de US$ 2 bilhões em tokens USD1 pelo MGX também levantou suspeitas após uma reportagem do New York Times, publicada em setembro, apontar que a transação ocorreu duas semanas antes de a Casa Branca assinar um importante acordo com os Emirados Árabes Unidos sobre acesso a centenas de milhares de microchips americanos.

Em uma entrevista à CNBC no mês passado, Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente dos Estados Unidos e cofundador da World Liberty Financial, rejeitou as reportagens e as preocupações sobre possíveis conflitos de interesse.

Ele foi acompanhado pelo CEO da empresa, Zach Witkoff — filho de Steve Witkoff, enviado especial dos EUA ao Oriente Médio —, que afirmou que seus pais não estavam focados nem diretamente envolvidos no negócio.

Aproximação de Trump com o setor cripto

Zhao foi forçado a deixar o comando da Binance em 2023 após se declarar culpado por facilitar lavagem de dinheiro por meio da corretora.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse em 23 de outubro que Zhao havia sido processado durante o governo Biden, “apesar de não haver acusações de fraude ou vítimas identificáveis”.

Trump afirmou depois que concedeu o perdão a Zhao “a pedido de muitas pessoas muito boas” e que “não o conhecia pessoalmente”.

Desde que retornou à Presidência, Trump tem se aproximado do setor de criptomoedas, propondo uma nova legislação sobre o tema e revertendo medidas de fiscalização que haviam mirado corretoras como Coinbase e Ripple durante o governo anterior.

Na entrevista de segunda-feira, Teng afirmou que a Binance e o setor cripto estão “muito agradecidos” ao presidente pelo perdão concedido a CZ e por sinalizar que os Estados Unidos serão a “capital global das criptomoedas”.

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