Cartão cripto permite pagar do cafezinho a passagens aéreas, ampliando uso além do investimento.
Integração ao Pix e parcerias com Mastercard aproximam cripto do dia a dia financeiro.
Regulação das VASPs deve ser anunciada no 4º trimestre e promete equilibrar proteção e inovação.
O mercado de criptomoedas está em processo de transição: deixa de ser apenas uma opção de investimento e passa a integrar pagamentos, remessas e serviços bancários. O Brasil, atualmente o quinto maior mercado de cripto no mundo, se tornou vitrine dessa transformação. Para discutir esse movimento, o programa Radar, da Times Brasil – Conteúdo Licenciado CNBC, entrevistou Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina.
Brasil como protagonista no setor cripto
“O Brasil é um colosso. Sempre foi visto como um mercado com muito potencial para a indústria de criptomoedas”, afirmou Nazar.
Ele explicou que a população brasileira adota novas tecnologias com rapidez, além de ter alta penetração de smartphones. Segundo o executivo, essa combinação fez o país saltar da 12ª para a 5ª posição no ranking global de adoção de criptoativos, além de figurar entre os dez maiores mercados da Binance.
“Quando fizemos a análise de mais de 100 mercados globais, ficou claro que o Brasil deveria ser um dos primeiros lugares para relançar o programa em parceria com a Mastercard”, afirmou.
Segundo ele, o cartão físico facilita a difusão da tecnologia porque o consumidor brasileiro já está familiarizado com esse meio de pagamento.
“Quando você traz ao mercado um cartão cripto, ajuda a desmistificar que a moeda digital é restrita a investimentos de risco.”
Uso no dia a dia
“O cartão permite que as criptomoedas façam parte do cotidiano, seja para pagar o cafezinho, a farmácia ou até uma passagem aérea”, destacou Nazar.
Ele afirmou que a iniciativa integra a proposta de dar utilidade real às criptos, permitindo que qualquer pessoa utilize seu portfólio — independentemente do valor — para transações diárias.
“O objetivo é desmistificar que as criptomoedas servem apenas para especulação e mostrar que elas podem estar presentes no dia a dia financeiro.”
Imagem gerada por IA.
Brasil se consolida como protagonista global na adoção de criptomoedas.
Desafios e integração tecnológica
“Acho que o primeiro ponto foi a educação. A indústria trabalhou coletivamente para disseminar conhecimento sobre blockchain e **criptoativos”, observou o executivo.
Ele lembrou que, há alguns anos, um cartão cripto seria inimaginável, mas hoje o Brasil já conta com o Binance Pay integrado ao Pix e, agora, com o Binance Card.
“Estamos ouvindo as dores dos usuários e trabalhando com reguladores e parceiros financeiros para trazer soluções que colaborem positivamente com a vida das pessoas”, acrescentou.
Criptos como reserva de valor
“Nem todas as criptos podem ser consideradas reserva de valor. Mas o Bitcoin, sim, já tem essa narrativa consolidada mundialmente”, declarou Nazar.
Ele explicou que outras moedas digitais podem ter utilidades específicas, dependendo dos protocolos a que pertencem e das necessidades de cada mercado.
“A discussão hoje vai mais na linha da utilidade do que da reserva de valor”, acrescentou.
“O mercado já está em diálogo com o Banco Central há quase dois anos, por meio de quatro consultas públicas”, afirmou Nazar.
Ele disse que a expectativa é de que a regulação das VASPs (corretoras e plataformas de criptoativos) seja anunciada no quarto trimestre. Segundo ele, a norma deve proteger investidores sem sufocar a inovação.
“Assim como lançamos o cartão em 1º de outubro, novos produtos vão surgir para aproximar os criptoativos da indústria tradicional”, completou.
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