Acionistas da Apple rejeitam proposta para acabar com programas de inclusão
Publicado ter, 25 fev 2025 • 4:17 PM GMT-0300 | Atualizado há 2 horas
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Publicado ter, 25 fev 2025 • 4:17 PM GMT-0300 | Atualizado há 2 horas
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Foto: Pexels
Os acionistas da Apple decidiram nesta terça-feira (25) barrar um pedido para acabar com os programas de inclusão e diversidade. Trata-se de um sinal de que os investidores consideram que os programas de diversidade da empresa são importantes.
A proposta foi enviada pelo Centro Nacional de Pesquisa em Políticas Públicas (NCPPR, na sigla em inglês) e derrotada no encontro anual dos acionistas.
O pedido para que a Apple acabasse com sua política de diversidade, equidade e inclusão (DEI, na sigla em inglês) citou reportagens da CNBC que mostram que empresas como a Alphabet, Meta, Microsoft e Zoom reverteram seus programas de diversidade.
O documento pedia que a Apple terminasse com os programas, as políticas, os departamentos e as metas relacionados à DEI, argumentando que esse conjunto de ações poderia discriminar profissionais e que representariam ameaças aos resultados financeiros da Apple.
“Os riscos decorrentes da promoção dessas pautas que dividem e destroem valor só estão aumentando em razão da recente ordem executiva do presidente Trump, concentrando o Departamento de Justiça em erradicar a discriminação ilegal feita em nome da DEI”, disse o diretor-executivo do NCPPR, Stephen Padfield, na reunião. “A mudança de ‘clima’ é clara. A DEI está fora, e o mérito está em alta”.
A Apple se opôs à medida, dizendo que a empresa está em conformidade com as leis trabalhistas e que a proposta busca microgerenciar indevidamente os programas da companhia.
“Nossa força sempre veio da contratação das melhores pessoas e de uma cultura de colaboração na qual pessoas com diversas origens e perspectivas se unem para inovar e criar algo mágico para nossos usuários”, disse o CEO da Apple, Tim Cook.
Apesar de se opor à medida, Cook afirmou que o cenário jurídico em torno das questões de diversidade pode forçar a Apple a fazer mudanças.
Antes mesmo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ser eleito em novembro, os programas de diversidade já estavam sendo reduzidos no mundo empresarial. Um fator importante foi uma decisão da Suprema Corte de 2023 que considerou inconstitucional a ação afirmativa nas admissões em faculdades.
Empresas como Amazon, McDonald’s, Target, Ford, Lowe’s e Walmart abandonaram ou reduziram iniciativas DEI. Quando Trump assumiu o cargo no mês passado, uma de suas primeiras ordens executivas buscava encerrar os programas DEI do governo federal.
A Apple tem programas de inclusão com grupos de apoio internos, recursos para pessoas com deficiência e esforços de pesquisa para garantir que seus produtos e serviços não apresentem preconceito racial, de acordo com o site da empresa.
Quase dois terços da força de trabalho da empresa são homens e 35% são mulheres, segundo o site da empresa, que cita números de 2022. O site afirma ainda que 42% dos funcionários são brancos e 30% são asiáticos.
Outras propostas
Os acionistas da Apple também rejeitaram propostas externas para criar relatórios sobre o uso ético de dados de IA pela empresa, os custos e benefícios de diferentes abordagens para combater a exploração infantil e doações de caridade.
Investidores também rejeitaram uma proposta do Centro Jurídico e Político Nacional dos EUA que focava na sua parceria com a OpenAI. Eles disseram que o acordo da Apple com a OpenAI pode contradizer o seu princípio da privacidade e pediram para a empresa preparar um relatório sobre os riscos do uso de dados privados ou não licenciados para treinar inteligência artificial.
A empresa se opôs à proposta, dizendo que ela já fornece informações sobre suas práticas de privacidade de dados de IA.
Os acionistas aprovaram a chapa da Apple para o conselho de administração, seu auditor e a remuneração dos executivos da empresa em voto consultivo.
Isso incluía a remuneração anual de Cook. Ele recebeu US$ 74,61 milhões (cerca de R$ 429 milhões, na cotação atual) em salário em 2024, prêmios em ações e bônus, uma alta em relação ao valor de US$ 64,21 milhões (R$ 369,21 milhões) em 2023. Em documentos fornecidos aos acionistas, a Apple afirmou que sua capitalização de mercado havia aumentado em mais de US$ 3 trilhões (R$ 17,25 trilhões) durante a gestão de Cook.
Na reunião, Cook falou sobre um envio de US$ 500 bilhões (R$ 2,875 trilhões) para gastos dos EUA anunciado na última segunda-feira (24) e que foi saudado por Trump.
“Os EUA são a nossa casa e estamos profundamente comprometidos com o futuro do país”, disse ele.
Além disso, Cook disse que a Apple está planejando aumentar seus dividendos anualmente e atualizará os investidores em maio sobre o aumento deste ano.
“Também pagamos mais de US$ 165 bilhões (R$ 948,75 bilhões) em dividendos, incluindo US$ 15,3 bilhões (R$ 87,97 bilhões) apenas nos últimos quatro trimestres”, disse Cook.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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