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Ações da Novo Nordisk disparam 5% após estudo com pílula Wegovy mostrar redução significativa de peso
Publicado 18/09/2025 • 07:49 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 18/09/2025 • 07:49 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
SERGEI GAPON/AFP
Imagem do logo da empresa Novo Nordisk ao fundo.
A Novo Nordisk anunciou nesta quarta-feira (18) que os resultados de um estudo em estágio avançado com sua pílula diária para obesidade mostraram uma “redução significativa” de peso e tolerabilidade compatível com sua injeção de sucesso, Wegovy, enquanto laboratórios disputam a chegada de um tratamento oral ao mercado.
De acordo com a farmacêutica dinamarquesa, os resultados do ensaio de fase 3 Oasis 4 mostraram que a pílula oral de semaglutida proporcionou redução média de peso de 16,6% após 64 semanas em pacientes com obesidade ou sobrepeso e pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.
As ações subiram 5,4% até às 10h23, horário de Londres (6h23 no horário de Brasília).
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Apelidada de “pílula Wegovy”, o diretor científico da Novo Nordisk, Martin Holst Lange, disse à CNBC que o tratamento oral oferece aos pacientes uma alternativa importante à injeção semanal existente.
“Nosso trabalho era mostrar que, com o comprimido, poderíamos alcançar a mesma eficácia e o mesmo perfil de segurança e tolerabilidade que temos com a injeção. E agora conseguimos isso”, afirmou Lange por telefone.
“Basicamente, isso significa que podemos oferecer aos pacientes a escolha entre o comprimido e a injeção, e isso fará diferença para alguns pacientes”, acrescentou.
O tratamento oral da Novo Nordisk utiliza a mesma medicação Semaglutida GLP-1 que sustenta os tratamentos de obesidade e diabetes da empresa, Wegovy e Ozempic. Estudos anteriores da Novo mostraram que Wegovy reduziu o peso em média 15% em pacientes com sobrepeso ou obesidade e pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.
A pílula está atualmente em análise pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, tendo sido submetida sob um Novo Pedido de Medicamento (New Drug Application) em fevereiro. A decisão está prevista para o quarto trimestre deste ano.
Se aprovada, a empresa afirmou que a pílula será totalmente produzida nos EUA. O anúncio ocorre em um momento em que empresas farmacêuticas globais têm aumentado investimentos no país, pressionadas pela administração de Trump a fortalecer a produção doméstica.
Atualmente, não há versões orais de GLP-1 aprovadas no mercado, mas a competição está esquentando rapidamente. Tratamentos em pílula são considerados um marco importante para tornar os medicamentos mais acessíveis, inclusive para pessoas com aversão a agulhas.
Analistas disseram à Reuters nesta terça-feira que a pílula concorrente da Eli Lilly, Orforglipron, poderia ter aprovação acelerada em um a dois meses por meio do “Comissioner’s National Priority Voucher” do FDA — uma iniciativa para avançar nas metas de desenvolvimento de medicamentos da administração Trump.
Lange afirmou que a Novo Nordisk acolhe “boa competição”, mas ressaltou que o foco está nos resultados dos medicamentos, incluindo taxas de adoção a longo prazo.
“Nesta situação, analisamos os dados”, disse Lange. “A semaglutida em comprimido tem potencial para oferecer perda de peso de 17%, com bom perfil de segurança e tolerabilidade.”
“Nosso concorrente mostrou uma perda de peso ligeiramente superior a 12%. E, novamente, não podemos fazer comparações diretas, mas pelo menos podemos observar a taxa de descontinuação, sugerindo que a semaglutida talvez tenha um perfil de segurança e tolerabilidade mais eficaz.”
Em um ensaio de fase 3 ATTAIN-1 divulgado na terça-feira, a Eli Lilly afirmou que o Orforglipron resultou em perda média de peso de 12,4% na dose mais alta após 72 semanas em adultos com obesidade ou sobrepeso e pelo menos uma comorbidade.
Ainda assim, a farmacêutica americana afirmou nesta quarta-feira que sua pílula superou a da Novo em um estudo direto comparando a eficácia dos dois medicamentos na redução dos níveis de açúcar no sangue em pacientes com diabetes tipo 2.
Ambas as empresas têm experimentado novos medicamentos de “próxima geração”, com a Novo sinalizando na terça-feira resultados promissores em seu análogo de amilina de ação prolongada, Cagrilintide — uma forma inicial de tratamento para perda de peso.
O anúncio ocorre após a farmacêutica dinamarquesa anunciar na semana passada planos de cortar cerca de 9.000 postos de trabalho como parte de uma reestruturação maior sob o novo CEO Mike Doustdar, que prometeu redefinir a empresa após um período de crescimento mais fraco.
“O que estamos fazendo agora é focar em nosso núcleo, que é diabetes e obesidade. Isso incluirá investimento contínuo em ambos, além das comorbidades relacionadas, como discutimos”, afirmou Lange nesta quarta-feira.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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