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Agricultores protestam na Bélgica contra acordo entre União Europeia e Mercosul

Publicado 18/12/2025 • 10:41 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Centenas de tratores avançaram nesta quinta-feira (18) em direção a Bruxelas, na Bélgica, em um protesto de agricultores contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
  • O ato expressa a preocupação do setor rural com a entrada em larga escala de produtos sul-americanos no mercado europeu, como carne, arroz, mel e soja, considerados mais competitivos em razão das regras de produção.
  • “Estamos aqui para dizer não ao Mercosul”, declarou à AFP o pecuarista belga Maxime Mabille.

NICOLAS TUCAT/AFP

Agricultores atiram vegetais na Praça de Luxemburgo, perto do Parlamento Europeu, durante um protesto contra as reformas da Política Agrícola Comum (PAC) e acordos comerciais como o Mercosul, em Bruxelas, em 18 de dezembro de 2025.

Centenas de tratores avançaram nesta quinta-feira (18) em direção a Bruxelas, na Bélgica, em um protesto de agricultores contra o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

O ato expressa a preocupação do setor rural com a entrada em larga escala de produtos sul-americanos no mercado europeu, como carne, arroz, mel e soja, considerados mais competitivos em razão das regras de produção.

Durante a mobilização, produtores afirmaram que o pacto colocaria em risco a agricultura local, ao mesmo tempo em que abriria espaço para que países europeus exportassem veículos e máquinas ao Mercosul. “Estamos aqui para dizer não ao Mercosul”, declarou à AFP o pecuarista belga Maxime Mabille.

A manifestação teve episódios de violência. Segundo autoridades locais, agricultores entraram em confronto com a polícia, lançando pedras, pneus e esterco contra as forças de segurança. A polícia respondeu com canhões de água e gás lacrimogêneo para conter o avanço dos manifestantes, e houve bloqueio de vias no entorno das instituições europeias.

Protesto de agricultores contra o acordo entre União Europeia e Mercosul em 18 de dezembro.

Protesto de agricultores contra o acordo entre União Europeia e Mercosul em 18 de dezembro. Foto: NICOLAS TUCAT / AFP

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Segundo ele, a condução do processo pela Comissão Europeia seria autoritária. “É como se a Europa tivesse se tornado uma ditadura”, afirmou, ao acusar a presidente da Comissão de tentar “impor o acordo à força”.

O que dizem os líderes

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o país seguirá se opondo ao pacto. “Quero dizer aos nossos agricultores, que manifestam com clareza a posição francesa desde o início: consideramos que as contas não fecham e que este acordo não pode ser assinado”, disse a jornalistas antes de uma reunião de cúpula. Macron acrescentou que a França fará oposição a qualquer “tentativa de forçar” a adoção do acordo.

Na mesma linha, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que o país não está pronto para assinar o texto. “Seria prematuro assinar o acordo nos próximos dias”, disse em discurso no Parlamento, ao argumentar que salvaguardas consideradas essenciais para proteger os agricultores italianos “não foram concluídas”.

Apesar da resistência, o pacto conta com apoio declarado de Espanha, Alemanha e países nórdicos, que veem no acordo uma oportunidade de impulsionar exportações em um cenário de maior concorrência chinesa e de um governo americano inclinado a impor tarifas.

“Seria muito frustrante que a Europa não conseguisse um acordo com o Mercosul”, afirmou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, disse em Bruxelas que, se a União Europeia quiser continuar sendo confiável na política comercial global, “as decisões devem ser tomadas agora”.

Ainda assim, com França, Itália, Hungria e Polônia contrárias ou inclinadas à abstenção, o acordo não alcançaria a maioria necessária dentro da UE para permitir sua assinatura, caso seja submetido à votação.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom e fez um ultimato aos europeus. “Se a gente não fizer agora, o Brasil não fará mais acordo enquanto eu for presidente”, afirmou durante reunião ministerial em Brasília. “Se disserem não, nós vamos ser duros daqui pra frente com eles.”

(* Com informações da AFP)

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