‘Ninguém sabe o que vai ser feito’, diz pesquisador sobre incertezas no comércio internacional
Publicado 08/04/2025 • 11:06 | Atualizado há 6 dias
Esta pequena cidade na região de Abruzzo, na Itália, está vendendo casas por 1 euro — sem necessidade de entrada
Times esportivos adotam tecnologia tátil para fãs cegos e com baixa visão
Tokenização do mercado, de ações a títulos e imóveis está chegando, diz o CEO da BlackRock Larry Fink
Ex-funcionários da Apple, Google e Cash App abandonam Big Tech para apostar no bitcoin
Tarifas de Trump sobre veículos podem reduzir vendas em milhões e gerar custo de US$ 100 bilhões
Publicado 08/04/2025 • 11:06 | Atualizado há 6 dias
KEY POINTS
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que as tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil podem gerar um impacto crítico e elevado em diversos produtos do setor agropecuário.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta terça-feira (08), Felipe Serigati, pesquisador do FGV Agro, analisou os possíveis efeitos dessa tensão comercial para o setor.
Segundo ele, o momento é de muitas incertezas, e embora exista a possibilidade de cenários positivos para o Brasil, não há nenhuma garantia.
“Como o próprio documento da CNA demonstra, sempre há riscos. Um exemplo: exportamos café para os Estados Unidos, país que não tem uma produção relevante dessa commodity. Com a elevação das tarifas sobre o Vietnã e a Indonésia, que também são importantes produtores, é possível imaginar que o americano manterá seu hábito de consumo, mas com menos opções competitivas no mercado”, explicou Serigati.
Ele completa que, nesse contexto, o Brasil pode acabar ganhando mercado de forma inesperada.
“O consumidor americano não vai deixar de tomar café, mas terá que comprá-lo de fornecedores com custos mais altos. Então, ao invés de adquirir o café robusta do Vietnã, por exemplo, pode optar pelo café brasileiro. É um péssimo cenário, mas o Brasil pode acabar se beneficiando de forma residual.”
Apesar disso, Serigati alerta que ainda não há clareza sobre quais serão os próximos passos no cenário comercial global. Segundo ele, o fator político pode pesar cada vez mais nas decisões de comércio internacional.
“Sem dúvida alguma, o papel da barganha política tende a crescer. Temos observado um aumento no custo de transação para se realizar comércio internacional. Ainda assim, permanece o mesmo dilema: ninguém sabe exatamente o que será feito.”
Ele cita como exemplo o movimento da União Europeia em direção ao Mercosul:
“Por que a União Europeia correu para fechar um acordo com o Mercosul? Justamente para se antecipar a uma recessão comercial com os Estados Unidos. É a Europa dizendo: ‘preciso encontrar um novo mercado para minha produção industrial’, enquanto os EUA deixam claro que pretendem elevar tarifas sobre seus parceiros comerciais, tentando reaquecer sua indústria doméstica.”
Serigati conclui que o cenário atual está levando países a buscarem novos acordos comerciais, o que pode abrir oportunidades para o Brasil:
“Estamos vendo nações agindo em retaliação aos Estados Unidos, e isso pode, sim, gerar novas possibilidades para o agronegócio brasileiro.”
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Pfizer abandona pílula diária para emagrecimento após lesão no fígado em paciente
Empresas antecipam remessas e exportações da China disparam mais de 12% em março
Iguatemi vende participação do Market Place e Galleria Shopping por R$ 500 milhões
Diante de ambiente econômico ‘desafiador’, Sony aumenta preços do PlayStation 5 na Europa
Trump e Xi Jinping não têm nenhum plano para conversar no momento, diz representante do comércio dos EUA