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Cientista brasileira conquista o “Nobel da Agricultura” por inovações sustentáveis
Publicado 14/05/2025 • 17:06 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 14/05/2025 • 17:06 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Mariangela Hungria, cientista da Embrapa Soja
Tomaz Silva/Agência Brasil
A cientista brasileira Mariangela Hungria foi anunciada como a laureada da nova edição do Prêmio Mundial de Alimentação, o World Food Prize (WFP), conhecido como o “Nobel da agricultura”.
Pesquisadora da Embrapa Soja, ela foi reconhecida internacionalmente por sua contribuição no desenvolvimento de insumos biológicos para uma agricultura mais eficiente e ambientalmente responsável.
A cerimônia de entrega ocorrerá no próximo mês outubro, em Des Moines, nos Estados Unidos.
Com mais de quatro décadas dedicadas à microbiologia do solo, Mariangela desenvolveu tecnologias que possibilitam substituir parcial ou totalmente os fertilizantes químicos por microrganismos. Um dos destaques de sua pesquisa é o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio, como o Bradyrhizobium e o Azospirillum brasilense, aplicadas principalmente na cultura da soja.
“Foi uma vida dedicada à busca por altos rendimentos, mas via uso de biológicos, substituindo parcial ou totalmente os fertilizantes químicos”, afirmou a pesquisadora.
O Prêmio Mundial de Alimentação foi criado em 1986 por Norman E. Borlaug, vencedor do Nobel da Paz, para homenagear indivíduos que promovem avanços significativos na qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.
A premiação inclui US$ 500 mil (cerca de R$ 2,81 milhões, na cotação atual) e uma escultura criada pelo artista Saul Bass. Até agora, apenas três brasileiros haviam sido contemplados com a honraria.
Em 2024, o uso das tecnologias desenvolvidas por Mariangela resultou em uma economia estimada de US$ 25 bilhões (R$ 140 bilhões), além de evitar a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂. Hoje, a prática de inoculação é adotada em cerca de 85% das áreas de soja cultivadas no Brasil, representando a maior taxa de uso no mundo.
Além da soja, Mariangela também liderou pesquisas aplicadas a outras culturas, como milho, feijão, trigo e pastagens, com soluções sustentáveis que beneficiam tanto a economia agrícola quanto o meio ambiente. “Minha abordagem busca ‘produzir mais com menos’ — menos insumos, menos água, menos terra, menos esforço humano e menor impacto ambiental”, ela destacou.
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A governadora de Iowa, Kim Reynolds, parabenizou a conquista e comparou Hungria ao próprio Norman Borlaug, citando sua perseverança e visão científica: “A Dra. Hungria também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam encarnar ambos os papéis”.
No Brasil, o reconhecimento também foi amplamente comemorado. O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, destacou: “É uma grande honra contar com uma das maiores cientistas da área agrícola do mundo compondo a equipe de pesquisa da Embrapa Soja.”
Já a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, afirmou: “Como primeira mulher a presidir esta instituição, sinto-me especialmente tocada por esta homenagem, que valoriza não apenas a excelência científica nacional, mas também o protagonismo feminino na construção de um país mais inovador e justo.”
Mariangela Hungria é engenheira agrônoma formada pela Esalq/USP, com mestrado e doutorado em solos e nutrição de plantas, além de pós-doutorados em instituições como Cornell University, University of California-Davis e Universidade de Sevilla. É pesquisadora da Embrapa desde 1982, atualmente na unidade da Embrapa Soja em Londrina (PR), e integra diversas academias científicas no Brasil e no exterior. Também atua como professora e orientadora de pós-graduação na Universidade Estadual de Londrina.
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