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Publicado 13/11/2024 • 13:46
KEY POINTS
Imagem de uma fazenda
Reprodução Unsplash
A agricultura é responsável por mais de 10% das emissões globais de gases causadores do efeito estufa, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
Empresas do setor estão testando novas formas de usar a própria natureza para protegê-la.
Os agricultores há muito tempo espalham calcário em pó em suas lavouras para equilibrar a acidez do solo, melhorar sua estrutura e aumentar a disponibilidade de nutrientes para as plantações.
Startups como Lithos, UNDO Carbon e Eion, sediada na Califórnia, estão experimentando diferentes tipos de rochas capazes de absorver carbono, que não apenas desempenham a função do calcário, mas também removem permanentemente o carbono da atmosfera. Esse processo é conhecido como intemperismo acelerado de rochas.
A Eion, por exemplo, utiliza uma rocha vulcânica chamada olivina, que é moída até virar pó.
“Aplicamos um pó de rocha nas fazendas, o que ajuda os agricultores a condicionarem o solo, melhorando-o,” disse Anastasia Pavlovic, CEO da Eion. “Com o tempo, isso permite capturar e armazenar carbono, removendo-o permanentemente da atmosfera.”
A olivina funciona de forma semelhante ao calcário agrícola na melhoria do solo, mas quando chove, passa por um processo químico que faz com que absorva permanentemente o gás carbônico do ar.
A Eion obtém sua olivina da Noruega, o que encarece o produto, mas, por a empresa consegue créditos fiscais e verba de programas contra as mudanças climáticas –o custo para agricultores a acaba sendo subsidiado.
Dan Prevost é um dos agricultores que se tornou cliente. “Eu recebo um produto com desconto, que chega na minha fazenda com uma redução de 50% a 60% no custo”, afirmou.
A Eion já levantou US$ 20 milhões (R$ 115 milhões) em investimentos de empresas como a concessionária Exelon e a companhia agrícola Growmark.