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Cade autoriza entrada da Petlove como interessada em fusão de Petz e Cobasi; veja o que dizem as empresas
Publicado 25/04/2025 • 14:14 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 25/04/2025 • 14:14 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Cobasi e Petz.
Fotos: Divulgação/Cobasi/Petz
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou a entrada da Petlove como terceira interessada no processo de análise da fusão entre Petz e Cobasi. As duas companhias são líderes no setor de produtos para animais de estimação no Brasil.
O Cade recebeu a notificação da fusão em 7 de fevereiro deste ano e, desde então, iniciou o prazo de análise. O negócio entre as duas empresas foi proposto em agosto de 2024 e já foi aprovado pelos acionistas da Petz em março passado.
Caso seja concretizado, as companhias serão responsáveis por criar uma gigante do setor de animais de estimação que terá R$ 6,9 bilhões de receita bruta, 483 lojas e pelo menos 20 marcas.
“Tendo com conta a necessidade do preenchimento simultâneo de todos os requisitos autorizadores para que se possa concluir que a admissão da peticionante como terceira interessada atende aos fins visados pela Lei nº 12.529/2011, com base no exposto, conclui-se pelo deferimento do pedido de intervenção como terceiro interessado formulado pela peticionante, nos termos do art. 50, I, da Lei nº 12.529/ 2011”, diz a nota técnica do Cade, a qual o Times Brasil teve acesso.
Segundo o Conselho, a Petlove “trouxe elementos que aprofundam o conhecimento da autoridade sobre os mercados relevantes do segmento pet e especificidades dos agentes, trazendo maior clareza às peculiaridades dos mercados envolvidos e contribui para o melhor entendimento de possíveis efeitos da operação”. “É ainda um agente ativo e com expertise sobre a dinâmica do mercado de produtos e serviços para pets no Brasil”, afirma a entidade.
No pedido ao Cade, a Petlove argumenta que a operação resulta na combinação das duas empresas líderes no segmento pet no Brasil, com “estratégias competitivas bastante próximas (senão idênticas), criando empresa monopolista”.
A companhia sustenta ainda que a operação “visa justamente eliminar a concorrência entre os dois principais players do varejo de produtos pet no Brasil, com relevantes impactos negativos ao consumidor e ao setor como um todo”.
Ainda segundo a Petlove, Petz e Cobasi “se utilizam de suas respectivas redes de loja e plataformas online para desenvolverem a omnicanalidade, o que lhes garante diferencial competitivo relevante e irreplicável por qualquer outro player”. Disse, também, que a empresa combinada “terá poder de barganha incontestável na negociação com fornecedores”.
Em março passado, em uma nova tentativa de ser reconhecida como “terceira interessada” no processo, a Petlove apresentou um conjunto de dados com argumentos que indicavam que a fusão poderia prejudicar a concorrência e resultar em monopólios em várias cidades.
Segundo a companhia à época, a união das duas grandes redes de pet shop pode resultar em uma falta de opções no mercado, uma vez que a empresa combinada teria um poder de compra incontestável e um portfólio de produtos irreplicável.
Ainda no pedido ao Cade, a Petlove destaca que a fusão provocaria a sobreposição das operações da Petz e da Cobasi em 71 municípios, afetando um total de 433 lojas, com monopólios formados em cinco cidades com menos de 200 mil habitantes e em 149 áreas de municípios maiores.
Assim, isso criaria um mercado na qual os outros concorrentes não conseguiriam competir de maneira significativa, prejudicando os consumidores.
Em nota à reportagem, a Petlove afirmou ser “muito positivo que o Cade tenha reconhecido a relevância dos argumentos e dados apresentados, e habilitado a companhia como terceira parte interessada na análise da fusão entre Petz e Cobasi”.
“Essa operação pode reduzir a concorrência, levando ao aumento de preços e das opções de produtos e serviços disponíveis. Por isso, reiteramos nossa confiança no rigor técnico da análise da autarquia e na adoção das medidas necessárias para a garantia de um ambiente competitivo saudável, que proteja consumidores, fornecedores e, sobretudo, o bem-estar dos pets e seus tutores”, afirmou.
Também por meio de nota conjunta enviada ao Times Brasil, Cobasi e Petz afirmaram que “seguem confiantes que a análise técnica do Cade comprovará que a fusão entre as companhias não representa qualquer preocupação concorrencial — ao contrário, a operação beneficiará os tutores e os pets com melhores preços”.
“As empresas ressaltam que, se aprovada a fusão, a empresa resultante terá menos de 10% de participação de mercado. Um mercado que possui concorrência qualificada, combativa e com diversidade de estratégias, incluindo lojas grandes, médias e pequenas, marketplaces, supermercados e outros agentes, com marcas consolidadas”, acrescentaram as empresas.
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