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Caixa reporta alta nos lucros e alerta para qualidade do crédito no primeiro semestre
Publicado 18/09/2025 • 09:37 | Atualizado há 2 horas
Publicado 18/09/2025 • 09:37 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
A Caixa Econômica Federal encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões, alta de 12% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado do semestre, o resultado somou R$ 8,9 bilhões, crescimento expressivo de 44,9% sobre os primeiros seis meses do ano passado.
O desempenho foi sustentado pela margem financeira, que avançou 6,3% no semestre, para R$ 32,7 bilhões, refletindo receitas de intermediação mais robustas. Só no 2T25, as receitas financeiras chegaram a R$ 60 bilhões, alta de quase 30% em 12 meses.
Apesar dos ganhos, o balanço mostra sinais de pressão na qualidade dos ativos. O índice de inadimplência subiu para 2,66% em junho, alta de 0,46 ponto percentual em um ano.
Ainda assim, 91,9% da carteira de crédito permanece em faixas de menor risco, principalmente devido ao peso do segmento imobiliário, que tradicionalmente apresenta inadimplência mais baixa.
As provisões para perdas somaram R$ 3,5 bilhões no trimestre, recuo de 19,9% frente ao 2T24, mas aumento expressivo na comparação com o 1T25, indicando ajustes diante do cenário de maior atraso nos pagamentos.
A carteira total de crédito alcançou R$ 1,294 trilhão, alta de 10,1% em 12 meses. O destaque segue sendo o imobiliário, que atingiu R$ 875,5 bilhões em saldo (+11,7% A/A). A Caixa mantém 66,8% de market share nesse segmento e uma inadimplência controlada de 1,26%.
As contratações no trimestre chegaram a R$ 57,3 bilhões, queda de 6,5% sobre o ano anterior, mas avanço de 16,1% na comparação trimestral, sinalizando retomada recente.
No segmento de pessoa física, o saldo foi de R$ 144,5 bilhões, com destaque para o consignado, que representa três quartos da carteira. Já o crédito para empresas somou R$ 105,8 bilhões, alta de 8,1% em 12 meses, com originação de R$ 26,7 bilhões no trimestre.
A Caixa também reforçou sua atuação em microcrédito: foram R$ 31 milhões no ProCred Urbano e R$ 130 milhões no Pronaf B no semestre. A instituição projeta liberar até R$ 1,5 bilhão nesse segmento em 2025.
Os ativos totais da Caixa chegaram a R$ 2,1 trilhões em junho, alta de 11% em um ano. As captações alcançaram R$ 1,634 trilhão, crescimento de 6,8% em 12 meses, com a poupança representando R$ 390,4 bilhões e consolidando participação de mercado de 38,3%.
Além dos resultados financeiros, o banco reforçou sua função social. Foram pagos R$ 229,8 bilhões em benefícios no semestre, incluindo R$ 81,4 bilhões do Bolsa Família para 20,8 milhões de famílias. O Programa Pé-de-Meia repassou R$ 6,4 bilhões a estudantes, e as Loterias Caixa arrecadaram R$ 11,6 bilhões, dos quais R$ 4,4 bilhões foram destinados a políticas públicas.
O balanço do 2T25 mostra uma instituição sólida, com crescimento consistente em crédito e margens, mas que enfrenta o desafio de conter a inadimplência em alta. A liderança no financiamento imobiliário e a diversificação em segmentos como microcrédito e agronegócio reforçam o papel estratégico da Caixa tanto no sistema financeiro quanto na execução de políticas públicas.
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