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CEO da AstraZeneca reforça compromisso com os EUA em meio a rumores sobre mudança de listagem

Publicado 29/07/2025 • 15:05 | Atualizado há 4 dias

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, reiterou nesta terça-feira (29) o compromisso da farmacêutica com o mercado dos Estados Unidos, em meio a rumores de que estaria considerando transferir sua listagem para o país.
  • Soriot afirmou que a empresa, atualmente listada no Reino Unido, tem muitos motivos para estar nos EUA, acrescentando que está “transferindo rapidamente a fabricação” para o outro lado do Atlântico, para atender às necessidades dos pacientes americanos internamente.
Fachada da AstraZeneca em um prédio em Xangai, em 5 de setembro de 2024.

Fachada da AstraZeneca em um prédio em Xangai, em 5 de setembro de 2024.

Hector Retamal / AFP

O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, reiterou nesta terça-feira (29) o compromisso da farmacêutica com o mercado dos Estados Unidos, em meio a rumores de que estaria considerando transferir sua listagem para o país.

Soriot afirmou que a empresa, atualmente listada no Reino Unido, tem muitos motivos para estar nos EUA, acrescentando que está “transferindo rapidamente a fabricação” para o outro lado do Atlântico, para atender às necessidades dos pacientes americanos internamente.

“Temos muitos motivos para estar aqui [nos EUA]”, disse Soriot à imprensa durante uma teleconferência sobre os resultados financeiros. “Esperamos que este país [EUA] represente 50% da nossa receita até 2030. Temos milhares de funcionários espalhados pelo país”, acrescentou.

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A AstraZeneca tem reforçado seu foco no mercado americano, afirmando em seu relatório de resultados do segundo trimestre divulgado na terça-feira que os EUA são fundamentais para sua meta de alcançar US$ 80 bilhões em receita até o fim da década.

“Somos uma empresa global, mas certamente estamos muito presentes e enraizados nos EUA”, disse Soriot, destacando que a companhia planeja tornar-se autossuficiente no país em breve.

Na semana passada, a empresa anunciou planos de investir US$ 50 bilhões para fortalecer suas capacidades de fabricação e pesquisa nos EUA. Esse movimento é o mais recente de várias farmacêuticas que aumentam seus investimentos no país, após tarifas comerciais americanas e os apelos do presidente Donald Trump para que a indústria volte a produzir internamente.

“Nosso investimento reflete nossa confiança no crescimento deste país. Queremos contribuir para isso”, afirmou Soriot, ressaltando que se reuniu com a administração Trump para discutir planos de expansão no setor.

“Hoje, os EUA realmente lideram a inovação biofarmacêutica”, completou, criticando a Europa por não impulsionar o desenvolvimento. “Hoje, muito pouco sai da Europa.”

Uma possível mudança para os EUA?

A AstraZeneca, que ganhou destaque internacional ao desenvolver uma das vacinas-chave contra a Covid-19, há muito prioriza o mercado americano. Em 2024, os EUA representaram mais de 40% da receita anual da empresa.

No início deste mês, o jornal The Times noticiou que a empresa poderia transferir sua listagem de Londres para os EUA, o que, segundo analistas, seria um duro golpe para os mercados públicos britânicos.

Na ocasião, a AstraZeneca preferiu não comentar a notícia. Porém, a diretora financeira Aradhana Sarin afirmou na terça-feira que a empresa permanece “comprometida” com o Reino Unido.

O anúncio acontece após a AstraZeneca divulgar resultados do segundo trimestre melhores do que o esperado, impulsionados pela demanda por produtos importantes para o tratamento do câncer e biofarmacêuticos.

A farmacêutica anglo-sueca registrou receita de US$ 14,46 bilhões no período de três meses até 30 de junho, superando a estimativa de US$ 14,07 bilhões apontada por analistas em pesquisa da LSEG.

O lucro operacional ajustado do trimestre foi de US$ 4,58 bilhões, ante US$ 4,48 bilhões esperados.

A empresa, integrante do índice FTSE 100, manteve sua previsão para o ano inteiro de crescimento da receita em um dígito alto percentual e aumento do lucro por ação ajustado em um dígito baixo percentual.

Esse cenário ocorre enquanto o setor farmacêutico europeu enfrenta a expectativa de tarifas de 15% sobre importações para os EUA, como parte de um acordo comercial mais amplo entre UE e EUA. Analistas alertam que essas tarifas, caso sejam aplicadas em 15% ou mais, podem prejudicar empresas europeias e a economia do bloco.

Mesmo assim, em abril, a AstraZeneca indicou que manteria sua previsão de vendas para 2025 caso as tarifas americanas sobre produtos farmacêuticos europeus fiquem alinhadas às aplicadas a outros setores.

“Essa questão das tarifas não é um problema que nos afete muito”, disse Soriot.

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