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CEO do Bluesky, Jay Graber, diz que rival do X é ‘à prova de bilionários’
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Publicado 21/11/2024 • 17:37 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
A Bluesky, plataforma que se posiciona como “à prova de bilionários”, adotou uma nova estratégia para se proteger de aquisições indesejadas. A CEO Jay Graber explicou que o código aberto da Bluesky permite que os usuários deixem o serviço levando consigo todos os seus seguidores, o que pode dificultar tentativas de aquisição por grandes investidores.
Graber afirmou que a estrutura aberta da Bluesky assegura que, mesmo que a empresa seja comprada ou enfrente dificuldades, tudo permanece de código aberto. “O que aconteceu com o Twitter não poderia acontecer conosco da mesma forma, pois você sempre teria a opção de se mover imediatamente sem ter que começar do zero”, disse Graber. Isso se refere à saída em massa de usuários do Twitter após a compra por Elon Musk em 2022.
Desde a eleição presidencial nos EUA, a Bluesky ganhou popularidade, acumulando mais de 7 milhões de novos usuários em duas semanas, totalizando mais de 21 milhões de usuários. Embora ainda menor que X e Threads, a plataforma tem se destacado no cenário de redes sociais, especialmente por sua abordagem transparente.
Threads, da Meta, possui cerca de 275 milhões de usuários mensais, segundo o CEO Mark Zuckerberg. Em contrapartida, Elon Musk afirmou que X tem 600 milhões de usuários mensais, embora a empresa de inteligência de mercado Sensor Tower estime que o número real seja de 318 milhões. A Bluesky, apesar de menor, tem mostrado um crescimento significativo e uma proposta diferenciada.
A Bluesky foi criada em 2019 como um projeto interno do Twitter durante a segunda gestão de Jack Dorsey como CEO. Em 2022, tornou-se uma corporação independente com foco em benefício público. Dorsey, que teve um papel importante na criação da Bluesky, não faz mais parte do conselho desde maio deste ano, mas sua visão continua a influenciar a direção da empresa.
Graber destacou que a Bluesky, ao oferecer código aberto, permite que qualquer pessoa a utilize e construa sobre ela. “Estamos construindo algo radicalmente diferente de tudo que já foi feito nas redes sociais antes. Ninguém foi tão aberto, tão transparente e colocou tanto controle nas mãos dos usuários”, afirmou Graber.
Parte do plano de negócios da Bluesky inclui oferecer assinaturas para acesso a recursos especiais, além de expandir os serviços para desenvolvedores terceiros como parte do “ecossistema de desenvolvedores” da startup.
Graber também mencionou que a empresa não permitirá anúncios recomendados por algoritmos, uma prática comum em outras plataformas.
“Não vamos construir um algoritmo que apenas empurre anúncios para você, prendendo os usuários. Esse não é o nosso modelo”, disse ela, reforçando o compromisso da Bluesky com uma experiência de usuário mais limpa e menos intrusiva.
A Bluesky já experimentou grandes crescimentos anteriormente, como em setembro, quando ganhou 2 milhões de usuários após a suspensão do X no Brasil devido a violações de políticas de moderação de conteúdo e questões legais relacionadas.
Em outubro, a Bluesky anunciou que levantou $15 milhões em uma rodada de financiamento liderada pela Blockchain Capital, totalizando $36 milhões arrecadados até o momento, segundo dados da Pitchbook.
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