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Coca-Cola vai lançar versão com açúcar de cana nos EUA ainda este ano
Publicado 22/07/2025 • 10:06 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 22/07/2025 • 10:06 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A Coca-Cola anunciou nesta terça-feira (22) que lançará, ainda neste segundo semestre, uma nova versão do refrigerante original nos Estados Unidos — agora adoçada com açúcar de cana, em vez do tradicional xarope de milho de alta frutose, usado desde os anos 1980.
A novidade busca oferecer mais opções aos consumidores americanos e se inspira no sucesso da chamada “Coca mexicana”, que já utiliza açúcar de cana e é vendida há anos em mercados como México e América Latina. Nos EUA, ela virou queridinha em restaurantes e lojas que atendem comunidades latinas, além de redes como Costco e Target.
O anúncio acontece poucos dias após o presidente Donald Trump escrever em sua rede Truth Social que estaria conversando com a Coca-Cola sobre a inclusão de “açúcar de cana de verdade” nas bebidas. Trump é conhecido por seu gosto por Diet Coke — chegou até a instalar um botão no Salão Oval para pedir a bebida.
“Agradecemos o entusiasmo do presidente pela marca Coca-Cola”, afirmou James Quincey, CEO da empresa, durante teleconferência de resultados, antes de confirmar o novo lançamento.
A versão com açúcar de cana deve complementar o portfólio atual da companhia, sem substituir os produtos existentes.
Antes da novidade, a Coca-Cola já vinha apostando em reduzir o açúcar total nas bebidas, como no caso da Coca-Cola Zero Açúcar, que teve crescimento de 9% no volume em 2024.
A concorrente PepsiCo também entrou na tendência. Na segunda-feira (21), anunciou o lançamento da Pepsi Prebiotic Cola, com fibras e açúcar de cana na fórmula.
Apesar da movimentação comercial, especialistas alertam que não há evidências científicas de que o açúcar de cana seja mais saudável que o xarope de milho. O ingrediente, no entanto, é visto por muitos consumidores como mais “natural”.
A substituição também envolve questões econômicas: o açúcar importado tem cotas tarifárias e é mais caro do que o xarope de milho, que tem produção local subsidiada pelo governo dos EUA.
Segundo dados do governo americano, cerca de 20% do açúcar consumido nos EUA é importado; a maioria vem da produção interna. No entanto, 56% desse açúcar não é de cana, mas de beterraba — que não é o tipo pretendido por Trump na fórmula da bebida. Então, de onde irá sair o açúcar para a Coca-Cola?
O Brasil pode se tornar peça-chave para suprir uma possível demanda crescente do setor alimentício americano por açúcar de cana, que é um dos principais fornecedores do produto, e entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, foi o principal fornecedor de açúcar bruto de alto teor (high-tie raw sugar).
No entanto, o cenário pode ser menos vantajoso do que parece. Antes do anúncio sobre a fórmula da Coca-Cola, Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o açúcar, dificultando economicamente o fornecimento.
Se implementada, a tarifa pode encarecer significativamente o açúcar brasileiro no mercado americano, tornando-o menos competitivo em relação a outros países, cujas taxas foram menores: 10% para a República Dominicana e 20% para as Filipinas. Isso pode reduzir as exportações brasileiras, afetar produtores e cooperativas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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