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Segredos Corporativos: a trajetória de super-heróis que transformou a Marvel em potência global
Publicado 05/10/2025 • 13:06 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/10/2025 • 13:06 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O programa Segredos Corporativos, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, apresenta a trajetória da Marvel, hoje sinônimo de super-heróis e bilheterias recorde. A história começa em 1939, quando a marca surgiu como a pequena editora Timely.
Nos anos 1930 e 1940, em meio à Grande Depressão, a Marvel vivia à sombra da rival DC Comics, cujo Super-Homem havia se tornado um sucesso instantâneo. Para competir, a Timely contratou artistas como Joe Simon e Jack Kirby, responsáveis por criar personagens que definiriam o DNA da editora.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os heróis da Marvel enfrentavam vilões inspirados na realidade, conquistando tanto soldados quanto civis. Já nos anos 1950, a imposição de regulamentações contra violência e drogas nos quadrinhos levou a uma forte queda nas vendas.
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A empresa sobreviveu graças ao esforço criativo de Stan Lee e sua equipe, que introduziram super-heróis mais humanos e tridimensionais, como o Homem-Aranha, cujos dilemas pessoais aproximaram os leitores das histórias e marcaram o início da era moderna da Marvel.
Nos anos 1970, a Marvel já era líder de mercado, com 40 títulos lançados por mês e cerca de 50 milhões de revistas vendidas por ano em mais de 100 países. Personagens como Hulk e Homem-Aranha tornaram-se estrelas de desenhos animados, ampliando o alcance da marca para novas gerações.
Mas a cultura de crescimento acelerado e especulação financeira que dominou os anos 1980 começou a desgastar a empresa, marcando o início de um período de instabilidade que colocaria em risco seu império criativo.
Com a aquisição da Marvel pelo investidor Ron Perlman, em 1989, a editora adotou estratégias de mercado arriscadas, elevando preços e lançando capas especiais para colecionadores. Inicialmente, a receita cresceu, mas a pressão por lucros trimestrais e a superprodução de revistas acabaram por saturar o mercado.
Em 1992, os principais talentos deixaram a empresa e, no ano seguinte, a indústria de quadrinhos entrou em colapso: as vendas caíram 70%, e centenas de lojas fecharam nos Estados Unidos, Filipinas, Malásia e Singapura. A Marvel acumulou dívidas de US$ 600 milhões e entrou com pedido de falência.
A virada começou com o licenciamento de personagens para filmes e produtos derivados. Na virada do século, acordos com estúdios como a Sony renderam algum sucesso, mas pouco lucro direto para a empresa. A solução veio com a criação da Marvel Studios, em 2005, que passou a produzir seus próprios filmes — inaugurando uma nova era com “Homem de Ferro” (2008), estrelado por Robert Downey Jr., cuja interpretação se tornaria referência e símbolo da franquia.
O sucesso consolidou um universo cinematográfico que, em 2009, motivou a aquisição da Marvel pela Disney por US$ 4 bilhões. Hoje, a marca é avaliada em cerca de US$ 54 bilhões, com mais de 5 mil personagens e uma extensa linha de filmes, séries e produtos licenciados.

Além do cinema, a Marvel tem buscado expandir-se globalmente, especialmente na Ásia, onde o mangá domina o mercado. Como parte dessa estratégia, a empresa passou a introduzir personagens asiáticos mais autênticos e representativos, em um esforço para conectar-se a novos públicos. A super-heroína muçulmana Miss Marvel é um exemplo desse movimento de diversificação e modernização das narrativas.
Apesar dos desafios, os quadrinhos permanecem no coração da Marvel, preservando a tradição de Stan Lee de contar histórias universais, com personagens que refletem dilemas reais e cativam leitores de qualquer parte do mundo. Hoje, o império que começou nas páginas dos gibis é uma potência global do entretenimento, com presença marcante no cinema, no mercado de produtos licenciados e na cultura pop internacional.
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