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Demanda por crédito empresarial dá sinais de cautela após quatro meses de alta

Publicado 22/05/2025 • 16:24 | Atualizado há 3 semanas

Agência Brasil

KEY POINTS

  • No acumulado de 12 meses encerrados em março, o indicador apresenta alta de 4,2%. Para efeito de comparação, o acumulado era de 2,9% em janeiro e 3,9% em fevereiro.
  • A economista lembra que a tomada de crédito pode ser estratégica para impulsionar projetos e expansão, especialmente em momentos de recuperação econômica.
  • “O crédito pode até ser usado para crescer, mas funciona melhor em um cenário de juros mais baixos, o que não é o caso atual”, observa a economista.
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A balança comercial representa a diferença entre exportações e importações de bens

Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

A busca das empresas por crédito cresceu 0,9% em março de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Embora represente o quarto mês consecutivo de avanço, o resultado indica uma desaceleração frente aos meses anteriores, refletindo maior cautela do setor produtivo em meio a um cenário de juros elevados.

Os dados fazem parte do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito, elaborado pela Serasa Experian e obtido com exclusividade pela Agência Brasil.

Confira a evolução da procura por crédito empresarial na comparação anual:

  • Março/25: +0,9%
  • Fevereiro/25: +13,1%
  • Janeiro/25: +11,3%
  • Dezembro/24: +5,1%

No acumulado de 12 meses encerrados em março, o indicador apresenta alta de 4,2%. Para efeito de comparação, o acumulado era de 2,9% em janeiro e 3,9% em fevereiro.

Segundo Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, o crescimento mais modesto registrado em março reflete o impacto direto dos juros altos.

“O ritmo mais moderado da demanda por crédito reflete um cenário de cautela das empresas diante de desafios como o custo elevado do crédito e as incertezas provocadas pelos juros altos”, afirma.

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A economista lembra que a tomada de crédito pode ser estratégica para impulsionar projetos e expansão, especialmente em momentos de recuperação econômica.

“O crédito permite antecipar investimentos e acelerar o crescimento das empresas”, destaca.

Juros altos e inflação

Desde setembro de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem promovendo uma série de aumentos na taxa básica de juros, a Selic, que passou de 10,5% para 14,75% ao ano em maio de 2025.

A Selic influencia diretamente o custo do crédito no país, pois representa a taxa de referência para empréstimos concedidos pelos bancos. O objetivo da elevação é conter a inflação, que acumula alta de 5,53% em 12 meses até abril, acima da meta do governo, de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Banco Central estima que os efeitos dos juros sobre a inflação costumam aparecer entre seis e nove meses após as decisões do Copom.

Nesse contexto de política monetária restritiva, empresas tendem a reduzir sua disposição a buscar empréstimos para novos investimentos.

Volatilidade reflete incerteza econômica
Para Abdelmalack, a oscilação da demanda por crédito nos últimos meses está relacionada à incerteza econômica, tanto no cenário atual quanto nas expectativas futuras.

“A volatilidade se explica pelas dúvidas sobre a intensidade da desaceleração econômica, os impactos da taxa de juros no consumo e a dificuldade das empresas em planejar o futuro com previsibilidade”, analisa.

Mesmo assim, muitas companhias, sobretudo micro e pequenas continuam recorrendo ao crédito como instrumento de sobrevivência.

“Essas empresas usam o crédito como apoio para manter suas atividades e compromissos, especialmente em períodos de receita comprometida”, afirma.

Micro e pequenas lideram demanda

O crescimento de 0,9% na busca por crédito em março foi puxado pelas micro e pequenas empresas, cuja demanda subiu 1,1%. Em contraste, empresas de médio e grande porte registraram retração de 4,8% e 4,7%, respectivamente.

Segundo a Serasa, pequenos empreendimentos utilizam o crédito especialmente para manter o fluxo de caixa e garantir a continuidade das operações.

“O crédito pode até ser usado para crescer, mas funciona melhor em um cenário de juros mais baixos, o que não é o caso atual”, observa a economista.

Na análise por setor, o segmento de serviços liderou a demanda com alta de 3,3%, seguido pela indústria (2,9%). Já o comércio recuou 2,5% em março.

O levantamento foi realizado com base em uma amostra de 1,2 milhão de CNPJs.

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