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Energia solar deve gerar 2,2 milhões de empregos e ocupar 33% da matriz elétrica até 2030
Publicado 22/08/2025 • 10:05 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 22/08/2025 • 10:05 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Imagem de painéis solares - Energia Solar
Unsplash
A energia solar fotovoltaica segue em ritmo acelerado no Brasil e pode alcançar 33% da matriz elétrica até 2030. Atualmente, esta fonte representa cerca de 10% da geração do sistema brasileiro, segundo os dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Este movimento de alta é sustentado pela queda nos custos de instalação, maior oferta de crédito e avanço tecnológico. Desde 2012, o setor já gerou mais de 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos. A projeção é de que esse número de vagas supere 3,6 milhões nos próximos cinco anos.
Com tarifas energéticas elevadas e a exigência por práticas sustentáveis, empresas têm adotado a fonte solar como alternativa ambiental e financeira.
De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), a adesão a esse modelo cresceu 43% em 2024, na comparação ao ano anterior.
A geração própria pode reduzir em até 95% as despesas com eletricidade. Além da economia, a empresa fortalece a gestão de riscos e melhora a percepção da própria marca junto aos clientes e investidores, diante de mercado consumidor cada vez mais exigente e competitivo.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores brasileiros beneficiados com créditos da micro e minigeração distribuída de energia elétrica (MMGD) ultrapassaram em junho a marca de 6,5 milhões, entre eles 4 milhões de famílias (consumidores residenciais). Juntos, eles compartilham os créditos pela geração dos 3,71 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição de energia elétrica, reunindo potência instalada próxima de 41,48 GW.
“Grande parte dessa expansão ocorre graças à integração entre empresas integradoras, instituições financeiras e programas de crédito específicos para projetos solares”, disse Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída.
O Grupo Studio, consultoria empresarial que acompanha a expansão do setor, estruturou uma vertical dedicada à implantação de sistemas fotovoltaicos. A atuação vai do diagnóstico técnico e econômico à execução e monitoramento dos projetos. Para o CEO Carlos Braga Monteiro, o sistema “permite retomar o controle sobre uma das maiores despesas operacionais, avançando em compromissos com inovação e sustentabilidade”, afirmou.
A transição energética, que antes parecia de longo prazo, passou a ser vista como urgência. A expectativa de que a energia solar ocupe quase um terço da matriz elétrica em menos de uma década evidencia a velocidade da transformação. Para as empresas, a decisão de investir agora pode definir a capacidade de adaptação no futuro.
No setor de financiamento, a Sol Agora vem atuando como agente indutor de crescimento. A fintech, que recebeu investimento da Brookfield, impulsiona a geração de empregos de integradores e distribuidores em todo o país ao financiar o acesso à tecnologia solar. Segundo Nuno Verças, CEO da empresa, o impacto vai além da instalação de painéis. “O crescimento se baseia na consolidação de uma cadeia de valor completa, que demanda profissionais de diferentes áreas”, apontou.
Além de facilitar o crédito para residências e empresas, a companhia também fomenta treinamento e certificação de profissionais, garantindo qualidade na expansão. “O financiamento mais acessível significa mais projetos e, consequentemente, mais empregos em toda a cadeia de valor”, afirma Verças.
O avanço da energia solar no Brasil cria um ciclo virtuoso: maior acesso ao crédito estimula novos projetos, amplia a geração de empregos e acelera a transição energética. O país se posiciona como protagonista global em fontes limpas, unindo competitividade econômica à redução de impactos ambientais.
Abaixo, o comparativo da matriz elétrica brasileira com a matriz elétrica mundial. No primeiro gráfico, vemos a brasileira.
Agora, a distribuição da matriz elétrica no mundo.
O aumento das vagas de trabalho traz consigo a necessidade de qualificar mão de obra. A oferta por cursos técnicos e especializações, especialmente na região Nordeste, tem mostrado grande avanço nos últimos anos. No Senai, o número de matrículas em cursos sobre energias renováveis saltou de 169 em 2017 para 13,8 mil em 2023.
O MEC está investindo R$30 milhões do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) com o objetivo de gerar 15 mil vagas até 2026, sendo 30% delas reservadas para mulheres. As capacitações serão ofertadas pela rede federal de forma gratuita e poderão se inscrever beneficiários de programas federais de transferência de renda, pessoas em situação de vulnerabilidade social, trabalhadores desempregados ou com baixa escolaridade, egressos da rede pública de ensino, mulheres, pessoas com deficiência, populações do campo, comunidades tradicionais e residentes em territórios com menor acesso à qualificação profissional, com ênfase para as regiões Norte e Nordeste.
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