A grife de alta-costura Hermès anunciou nesta sexta-feira (14) um salto nas vendas do quarto trimestre acima do esperado, demonstrando que a demanda por seus produtos mais exclusivos segue forte, apesar da turbulência no mercado de luxo.
A fabricante da icônica bolsa Birkin registrou um aumento anual de 17,6% na receita, a taxas de câmbio constantes, alcançando 3,96 bilhões de euros (US$ 4,15 bilhões) nos três meses encerrados em 31 de dezembro. O resultado superou a previsão de 3,69 bilhões de euros feita por analistas da LSEG.
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As vendas anuais totais cresceram 14,7%, também a taxas de câmbio constantes, atingindo 15,2 bilhões de euros, acima da projeção de 14,94 bilhões de euros.
As ações da empresa subiam 4,19%, logo após a abertura do mercado.
Nos últimos anos, a Hermès tem conseguido se manter imune à desaceleração do setor de luxo, preservando sua aura de exclusividade, enquanto outras marcas enfrentam desafios decorrentes do aumento de custos e da falta de inovação.
O presidente executivo Axel Dumas atribuiu o crescimento das vendas à lealdade dos clientes, mesmo em um ambiente macroeconômico volátil.
“Em 2024, em um contexto econômico e geopolítico mais incerto, o sólido desempenho dos resultados atesta a força do modelo Hermès e a agilidade das equipes”, afirmou Dumas em comunicado que acompanhou os resultados.
Para o futuro, a grife francesa prevê crescimento contínuo da receita em 2025, sem divulgar uma estimativa específica, e afirmou estar iniciando o ano “com confiança”.
No entanto, durante uma teleconferência de resultados, Dumas disse que ainda é “cedo demais para identificar um ponto de inflexão” no setor como um todo, segundo a Reuters.
O crescimento das vendas foi generalizado em todas as regiões, com a Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, registrando um aumento anual de 9% no quarto trimestre, considerado “notável” pela empresa, apesar da fraqueza persistente no mercado de luxo chinês.
O segmento de artigos de couro e selaria da Hermès, que representa quase metade da receita do grupo, foi o que teve o crescimento mais acelerado no quarto trimestre, com alta de 21,7%.
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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