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Publicado 07/01/2025 • 19:05
KEY POINTS
Funcionários da Meta fizeram críticas à própria empresa, que anunciou o fim da checagem de fatos e a inclusão de Dana White, CEO do UFC e amigo de Donald Trump, ao conselho de administração.
As mudanças foram feitas a duas semanas da posse de Trump e geraram preocupações na equipe. O temor é que as medidas enfraqueçam a credibilidade da plataforma.
Joel Kaplan, novo diretor de assuntos globais da Meta, anunciou a alteração nas políticas de conteúdo em uma comunicação interna. Kaplan, que assumiu o cargo recentemente, defendeu a mudança como uma forma de promover a “liberdade de expressão”, mas não demorou para que os funcionários questionassem a decisão.
Um deles afirmou que a mudança transmitia a mensagem de que “os fatos não importam mais”, associando isso a uma vitória para a liberdade de expressão.
Outros funcionários expressaram receio de que essa alteração possa abrir caminho para a disseminação de desinformação, especialmente sobre temas sensíveis como imigração e identidade de gênero. Alguns também criticaram a nomeação de Dana White, apontando que a adição de figuras do setor de entretenimento e esportes poderia afetar a cultura interna da Meta e questionaram os valores da empresa.
White, que esteve envolvido em controvérsias no passado, gerou ainda mais críticas entre os trabalhadores, com alguns questionando o impacto dessas mudanças políticas e culturais no futuro da companhia.
Não foram apenas críticas –alguns funcionários da empresa elogiaram a decisão de acabar com a checagem feita por terceiros. Um dos comentários na plataforma de comunicação interna afirma que as notas de comunidade da rede social X conseguem representar melhor a verdade.
Outros empregados afirmaram que a empresa deveria trazer um relato do porquê foi criado o programa de checagem por terceiros com exemplos dos piores problemas que a rede enfrentou e como as novas políticas vão prevenir esse tipo de coisa.
Em 2023, a Meta fez demissões em massa e, nesse momento, acabou com um projeto de checagem interno (ou seja, que a própria companhia faria). Esse projeto que foi abortado permitiria que especialistas e agências de notícias, como a Reuters e a Associated Press, fizessem comentários em posts identificados como questionáveis.
Antes mesmo de anunciar o fim do programa de checagem, a Meta já estava fazendo cortes. Em setembro do ano passado, por exemplo, a Associated Press afirmou à CNBC que a agência não tinha mais um contrato com a Meta desde janeiro de 2024.
Na segunda-feira foi anunciado que Dana White fará parte do conselho de administração. Os funcionários publicaram críticas, perguntas e piadas no circuito de comunicação interna (Workplace).
Em 2023, o TMZ publicou um vídeo de White trocando tapas com a própria mulher em uma festa de Ano Novo no México. O chefe do UFC divulgou um pedido público de desculpas, e a esposa, Anne White, disse ao TMZ que essa foi a única agressão.
No Workplace, alguns funcionários da Meta fizeram piadas questionando se as avaliações de desempenho agora envolveriam lutas no estilo das artes marciais mistas.
Além de White, John Elkann, CEO da holding italiana de automóveis Exor, foi nomeado para o conselho.
Alguns funcionários questionaram o que executivos da indústria automobilística e de entretenimento poderiam trazer para a Meta, e se a inclusão de White refletia os valores da empresa.
Um post sugeriu que as novas nomeações para o conselho ajudariam com alianças políticas que poderiam ser valiosas, mas também poderiam alterar a cultura da empresa de maneiras não desejadas.
Comentários no Workplace aludindo ao histórico pessoal de White foram sinalizados e removidos da discussão, de acordo com postagens no aplicativo interno lidas pela CNBC.
Um funcionário, que se identificou como parte da equipe de Relações Comunitárias Internas da Meta, postou um texto no Workplace sobre a política da empresa de “expectativas de engajamento comunitário” para o uso da plataforma: “Vários comentários foram sinalizados pela comunidade para revisão”, publicou o funcionário. “É importante que mantenhamos um ambiente de trabalho respeitoso, onde as pessoas possam realizar o melhor trabalho possível.”
O membro da equipe de relações comunitárias internas afirmo que “insultar, criticar ou antagonizar nossos colegas ou membros do Conselho não está alinhado com as expectativas de engajamento.”
Vários funcionários responderam a esse post dizendo que até mesmo publicações respeitosas foram removidas porque eram críticas, o que equivale a uma forma corporativa de censura.
Um funcionário afirmou que, devido à remoção de comentários críticos, queria expressar apoio às “mulheres e todas as vozes”.
A Meta se recusou a comentar.
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