A General Motors (GM) anunciou um aumento nos dividendos trimestrais e o início de um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 6 bilhões. A iniciativa visa recompensar os investidores em meio à desaceleração das vendas e dos lucros do setor.
A montadora informou nesta quarta-feira (26) que elevará seu dividendo trimestral em 25%, para US$ 0,15 por ação — igualando-se à sua concorrente Ford Motor. O novo valor do dividendo deverá entrar em vigor no próximo pagamento programado da companhia, que será anunciado em abril.
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No âmbito do plano de recompra de ações, a GM prevê concluir US$ 2 bilhões em recompras durante o segundo trimestre.
“A execução da equipe da GM continua forte em relação aos três pilares de nossa estratégia de alocação de capital: reinvestir no negócio para impulsionar o crescimento lucrativo, manter um balanço sólido com grau de investimento e devolver capital aos nossos acionistas”, afirmou Mary Barra, CEO da GM, em comunicado.
No mês passado, Barra sugeriu que a montadora continuaria devolvendo capital aos acionistas neste ano, sujeito à aprovação do conselho. Desde 2023, a GM já anunciou programas de recompra de ações no valor de US$ 16 bilhões, resultando na retirada de mais de 400 mil ações em circulação, segundo dados da FactSet.
Apesar dessas iniciativas e de bons resultados trimestrais, frequentemente superando as expectativas de Wall Street, as ações da GM acumulam queda de mais de 12% neste ano. Analistas do mercado apontam fatores como a estagnação nas vendas do setor, incertezas regulatórias sobre tarifas e a falta de novas oportunidades de crescimento como entraves para o desempenho dos papéis da empresa.
A GM explicou que o número total de ações recompradas no programa acelerado de recompra de US$ 2 bilhões será baseado na média ponderada do preço diário das ações ordinárias da GM ao longo do período do programa. A recompra está sendo conduzida pelos bancos JPMorgan e Barclays.
Além do programa acelerado, a GM ainda terá uma capacidade restante de US$ 4,3 bilhões em suas autorizações para recompras de ações, permitindo aquisições adicionais conforme oportunidades estratégicas. Esse valor inclui US$ 300 milhões remanescentes do último programa de recompra de US$ 6 bilhões, iniciado em junho.
No fim do ano passado, a GM possuía menos de 1 bilhão de ações em circulação — meta anunciada no início do ano pelo CFO da empresa, Paul Jacobson.
“Temos confiança em nosso plano de negócios, nosso balanço permanece sólido e seremos ágeis caso precisemos responder a mudanças nas políticas públicas”, declarou Jacobson. “A autorização de recompra aprovada pelo nosso conselho reforça nosso compromisso com a política de alocação de capital.”
A projeção financeira da GM para 2025 inclui um lucro líquido atribuível aos acionistas entre US$ 11,2 bilhões e US$ 12,5 bilhões, ou de US$ 11 a US$ 12 por ação; lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) entre US$ 13,7 bilhões e US$ 15,7 bilhões, ou de US$ 11 a US$ 12 por ação ajustada; além de um fluxo de caixa livre ajustado da divisão automotiva entre US$ 11 bilhões e US$ 13 bilhões.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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