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Kering concorda em vender unidade de beleza para a L’Oréal por US$ 4,7 bilhões; ações sobem
Publicado 20/10/2025 • 07:17 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 20/10/2025 • 07:17 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Jakub Porzycki/NurPhoto via Reuters
O logotipo da L'Oréal Paris é visto em uma loja em Cracóvia, Polônia, em 2 de outubro de 2024.
A Kering, dona da Gucci, anunciou no domingo (19) que chegou a um acordo para vender sua divisão de beleza à L’Oréal por 4 bilhões de euros (US$ 4,66 bilhões). A decisão marca uma mudança significativa de estratégia sob a liderança do novo CEO, Luca de Meo, que tenta reduzir o alto endividamento do grupo de luxo e concentrar esforços em seu principal negócio: a moda.
Pelo acordo, a L’Oréal, gigante francesa do setor de beleza, adquirirá a linha de fragrâncias Creed da Kering, além dos direitos exclusivos, por 50 anos, de desenvolver produtos de fragrância e beleza sob as marcas Gucci, Bottega Veneta e Balenciaga.
Por volta de 06h50 (horário de Brasília), as ações da Kering subiam 4%, negociadas a 319 euros.
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Atualmente, a licença das fragrâncias Gucci pertence à Coty, e o novo contrato de 50 anos com a L’Oréal entrará em vigor quando o acordo atual expirar, o que analistas estimam ocorrer em 2028.
A venda representa um passo importante na redução da dívida líquida da Kering, que somava 9,5 bilhões de euros ao fim de junho, além de 6 bilhões de euros em passivos de arrendamento de longo prazo — um volume que vinha preocupando investidores.
A decisão também marca uma guinada estratégica de De Meo, que assumiu o comando há menos de dois meses e agora reverte uma das maiores apostas de seu antecessor, François-Henri Pinault, cuja família controla o grupo.
A Kering criou sua divisão de beleza em 2023, após adquirir a fabricante de perfumes Creed por 3,5 bilhões de euros, numa tentativa de diversificar operações e reduzir a dependência da Gucci, responsável pela maior parte dos lucros da companhia. No entanto, o grupo enfrentou dificuldades para expandir o negócio, registrando prejuízo operacional de 60 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
A empresa também lida com queda de crescimento na Gucci, sua principal marca, afetada pela desaceleração da demanda no mercado chinês. A receita da Gucci caiu em termos anuais no último trimestre divulgado, aumentando a pressão sobre a Kering para reduzir dívidas e evitar novos rebaixamentos de crédito.
“Acreditamos que vender a Kering Beauté por aproximadamente o mesmo valor pago pela Creed há dois anos é um remédio amargo, mas necessário”, afirmaram analistas do Bernstein.
Segundo o RBC, o retorno ao modelo de licenciamento na área de beleza seria “menos intensivo em capital, operacionalmente mais leve e, possivelmente, com margens mais altas”, ainda que a Kering precise dividir receitas com a L’Oréal.
“Também acreditamos que isso indica um foco estratégico renovado nas competências centrais da empresa no segmento de luxo, e que a venda de ativos de beleza pode abrir espaço para novos investimentos nessas prioridades”, escreveram analistas do banco em nota a investidores.
De Meo, que assumiu como CEO em setembro, já havia afirmado aos acionistas que planejava tomar decisões difíceis para reduzir a dívida do grupo, incluindo racionalização e reorganização de operações.
A empresa também adiou o plano de adquirir totalmente a marca italiana Valentino e pretende vender participações em imóveis para levantar caixa.
A L’Oréal, maior empresa de cosméticos e beleza do mundo, já produz perfumes de sucesso sob a marca Yves Saint Laurent, após adquirir os direitos da Kering em 2008 por 1,15 bilhão de euros. As companhias também anunciaram a criação de uma joint venture para oferecer experiências e serviços de luxo.
O acordo pela unidade de beleza da Kering será a maior aquisição da história da L’Oréal, superando a compra da marca australiana Aesop por US$ 2,5 bilhões em 2023. A conclusão da transação é esperada para o primeiro semestre de 2026.
“A L’Oréal vive um forte momento em sua divisão de luxo, e certamente está animada para assumir as licenças de perfumes e cosméticos associadas às prestigiadas, embora pouco desenvolvidas, marcas da Kering”, afirmou Bruno-Roland Bernard, consultor e professor adjunto de finanças corporativas e gestão de luxo no Institut Français de la Mode, em Paris.
“Também é possível que a L’Oréal esteja se beneficiando de uma posição de negociação favorável, com pouca concorrência — afinal, quem teria o peso e a estrutura necessários para negociar com uma Kering sob pressão de tempo?”, acrescentou Bernard.
A L’Oréal, que afirmou ter “várias aquisições em análise” neste ano, também foi procurada por representantes do Grupo Armani, segundo reportagem da Reuters. A aproximação ocorre após o conglomerado de beleza ser mencionado no testamento do falecido designer Giorgio Armani como um dos compradores preferenciais de uma participação minoritária em sua grife.
* Via Reuters
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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