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Kings Sneakers desafia tarifaço e leva o estilo da periferia brasileira para os EUA
Publicado 30/07/2025 • 17:24 | Atualizado há 3 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 30/07/2025 • 17:24 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
                            Divulgação
Igor Morais, fundador e CEO da Kings
A Kings Sneakers, rede brasileira de streetwear, decidiu manter sua operação nos Estados Unidos, mesmo após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, divulgada um dia após a empresa anunciar sua entrada no mercado norte-americano, gerou preocupação, mas não foi suficiente para alterar os planos da marca, que também atua com coleções autorais.
“Sem dúvida é um desafio, mas não vamos recuar”, afirma Igor Morais, fundador e CEO da Kings, em entrevista ao Times Brasil | CNBC.
Com as tarifas, caso a Kings precise enviar produtos do Brasil para os EUA, seja por aumento de demanda, lançamento de coleções exclusivas ou reposição de estoque, esses itens podem ficar mais caros, reduzindo a margem de lucro ou tornando os preços menos competitivos.
“Estamos avaliando alternativas, como produção local, para manter a competitividade. Já temos parceiros que podem nos ajudar nisso. O importante é estar presente e adaptar a estratégia sem perder o foco”, diz o executivo.
Leia também: Isolado, Brasil corre contra o tempo para evitar tarifa de 50% dos EUA
A Kings já começou a atuar com estrutura local, trabalhando com parceiro logístico nos Estados Unidos, garantindo armazenagem, entrega e operação de atendimento com padrão local. “Já temos um estoque físico lá, então o prazo de entrega e o suporte ao cliente são adaptados ao consumidor americano. O site também está disponível em inglês e português, com política de trocas alinhada ao mercado”, destaca Morais.
A escolha pelos EUA não foi somente estratégica, mas também simbólica. “É o berço do streetwear, do hip hop, do basquete de rua, da arte urbana. Tudo que nos formou. Levar a Kings para lá é como partir para um novo ciclo. Queremos mostrar que a periferia brasileira também tem voz e estilo para influenciar o mundo”, afirma o CEO.

A trajetória da Kings iniciou com um investimento de apenas R$ 300, quando Morais assumiu um ponto comercial deixado pelo pai na Galeria do Rock, em São Paulo. Ele começou vendendo CDs de black music e hip hop e, ao observar a demanda por representatividade e estilo, passou a investir em sneakers [tênis] e roupas voltadas à cultura de rua.
“Comecei sozinho, sem sócio, sem funcionário. Reformei a loja com as próprias mãos e vendia sneaker de outlet, um por um. O mais difícil foi entender como crescer sem perder a essência”, relembra Morais.
A virada veio com a adoção do modelo de franquias, o que permitiu escalar o negócio mesmo com poucos recursos.
Segundo ele, a identificação pessoal com o streetwear foi fundamental para a construção da marca. “Eu era o público-alvo. O streetwear tem alma, tem raiz, tem verdade. Lá atrás, quase ninguém apostava nisso, mas a cultura de rua sempre foi forte e só precisava ser ouvida.”
“Eu cresci cercado por música, arte urbana e pelas referências das quebradas de São Paulo. Sempre admirei o estilo da cultura hip hop, dos sneakers, das camisetas e calças, algo que fazia muito sentido para mim e para o contexto em que eu estava inserido”, relembra. “O streetwear é mais do que roupa: é uma linguagem, é atitude. Sempre me vi dentro disso, então foi natural transformar essa paixão em negócio.”
A Kings Sneakers faturou R$ 350 milhões em 2024 e projeta alcançar R$ 400 milhões em 2025. O crescimento é impulsionado tanto pelo avanço das franquias quanto pelo lançamento de novas linhas autorais. Segundo Morais, o foco agora é consolidar a operação internacional e fortalecer o mercado nacional.
Nos Estados Unidos, onde iniciou recentemente sua operação, a meta é atingir US$ 100 mil em vendas até o fim de 2025 e chegar a meio milhão de dólares em 2026, de acordo com o CEO.
A ideia também é avanças para a loja física nos EUA. “A ideia é dar esse passo nos próximos dois anos. Estamos começando com o e-commerce justamente para entender o mercado e fortalecer a marca. Mas uma loja física nos EUA já está no nosso radar como um segundo passo da internacionalização”, diz.
No Brasil, a expansão segue com o modelo compacto de franquia batizado de “Open Space”, que já teve 15 unidades comercializadas apenas neste ano.
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