A 33ª edição da Marcha para Jesus, marcada para esta quinta-feira (19) e a 29ª Parada do Orgulho LGBT+, prevista para ocorrer no próximo domingo (22), devem injetar R$ 590,6 milhões na economia da cidade de São Paulo.
A estimativa é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos dados do setor e do Observatório de Turismo e Eventos (OTE), núcleo de pesquisas e inteligência de mercado da São Paulo Turismo (SPTuris).
Segundo a ACSP, a Marcha para Jesus deve atrair cerca de dois milhões de fiéis, movimentando em torno de R$ 42,1 milhões, aumento de 5% em relação à 2024. “O impacto concentra-se, principalmente, nos setores de alimentação, transporte, hotelaria e comércio informal”, destacou Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, em comunicado à imprensa.
Tal avaliação segue a impressão da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP). Ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a entidade reforçou que o evento acaba impactando os estabelecimentos no entorno, sobretudo os restaurantes familiares, que podem ter aumento médio de 15% nas vendas.
De acordo com a última pesquisa do OTE realizada na edição de 2023 da Marcha e fornecida à reportagem, 58,5% do público era residente da capital paulista, 27,4% do público vinha da Grande São Paulo, 12,3% do público era proveniente do Interior, enquanto 1,8% do público era de outros estados.
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Parada LGBT+: evento deve trazer mais de R$ 500 milhões para SP
No caso da Parada do Orgulho LGBT+, a expectativa da ACSP é de que o evento deve trazer R$ 548,5 milhões para a economia paulistana, um crescimento de, aproximadamente, 16% em relação ao ano passado.
“Esse montante é impulsionado, principalmente, pelos setores de serviços, como bares, restaurantes, hospedagem e turismo, além do comércio informal e da venda de adereços temáticos”, afirmou Gamboa no comunicado.
Ainda de acordo com o economista, a Parada, assim como o Dia dos Namorados, tem potencial para alavancar as vendas do varejo no mês de junho. “O clima mais frio também contribui positivamente, especialmente para o segmento de vestuário”, acrescentou.
Estadia e alimentação: R$ 90 milhões, projeta Fhoresp
Segundo dados da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) fornecidos ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, até esta quarta-feira (18), a ocupação de hotéis econômicos e supereconômicos da região da Avenida Paulista – palco da Parada LGBT+ – já estava próxima de 100%.
Por sua vez, demais hotéis da capital paulista já estavam com 45% de acomodação, informou a entidade.
Em relação a estadia e alimentação para turistas durante os eventos, a Fhoresp estima uma injeção de R$ 90 milhões na economia da cidade. Os dados têm como base apenas o consumo de visitantes que vêm de fora de São Paulo – ou seja, que se hospedam em hotéis e se alimentam na capital, não considerando o consumo de todos os frequentadores dos dois eventos.
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