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Publicado 15/12/2024 • 14:27
KEY POINTS
Foto de Elon Musk
NASA/Kim Shiflett
A Starlink, conexão de internet da SpaceX, de Elon Musk, tem cerca de 7 mil satélites em órbita e atende 5 milhões de pessoas em mais de 100 países, segundo informações da empresa. O serviço tem como objetivo oferecer internet de alta velocidade a clientes em áreas remotas e mal atendidas.
A companhia já afirmou que quer expandir para 42 mil satélites.
Agora, a China afirmou que tem um projeto parecido: colocar em órbita cerca de 38 mil satélites para fornecer acesso à internet.
• Qianfan
• Guo Wang
• Honghu-3
Também existe um projeto europeu para satélites em baixa órbita, o Eutelsat OneWeb, que já tem 630 dispositivos em funcionamento.
A Amazon também tem um plano semelhante, chamado Projeto Kuiper. Por enquanto, foram apenas dois protótipos no ar, mas a meta é de 3 mil objetos.
A China está investindo no setor mesmo com muita concorrência. “A Starlink mostrou que é possível levar acesso à internet para indivíduos e cidadãos em pontos remotos e proporcionar a possibilidade de os cidadãos acessarem a internet e qualquer local “, afirmou Steve Feldstein, pesquisador sênior da Carnegie Endowment for International Peace.
“Para a China, um motivo importante para esse projeto é censurar o que os cidadãos podem acessar”, disse Feldstein. “Isso apresenta uma ameaça real. Se o Starlink puder fornecer conteúdo não censurado, seja para os cidadãos ou para indivíduos de países aliados, algo pode furar nosso regime de censura. Portanto, precisam encontrar uma alternativa.”
Blaine Curcio, fundador da Orbital Gateway Consulting, vai na mesma linha. “Em certos países, a China poderia ver isso como quase uma forma de diferenciação. Talvez eles não sejam tão rápidos no mercado, mas vão conseguir censurar completamente a internet”.
Especialistas afirmam que, embora o serviço de conexão remota chinês não seja o provedor de internet escolhido para clientes nos EUA e na Europa, muitas outras regiões poderiam estar abertas ao serviço chinês.
“Existem algumas áreas geográficas em particular que podem ser atraentes para um concorrente do Starlink, especificamente um feito pela China, incluindo a própria China”, disse Juliana Suess, associada do German Institute for International and Security Affairs.
“A Rússia, por exemplo, mas também o Afeganistão e a Síria ainda não são cobertos pelo Starlink. E também há grandes partes da África que ainda não são cobertas.”
“Vimos que 70% das infraestruturas 4G no continente africano já foram construídas pela Huawei”, acrescentou Suess. “E ter uma perspectiva espacial sobre isso pode ajudar a expandir ainda mais os avanços na região.”
Além de ser uma ferramenta de influência geopolítica, ter uma ‘constelação’ própria de satélites que oferece acesso à internet está se tornando uma necessidade de segurança nacional, especialmente quando a infraestrutura de internet terrestre é destruída em tempos de guerra.
“Quando se trata da diferença que a tecnologia Starlink teve no campo de batalha da Ucrânia, um dos grandes avanços que vimos foi o surgimento da guerra com drones e o campo de batalha conectado”, afirmou Feldstein.
“Ter armamentos baseados em satélite é algo visto como uma vantagem militar crucial. E, portanto, acredito que a China vê tudo isso e diz que investir nisso é absolutamente crítico para nossos objetivos de segurança nacional.”
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