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Meta e Google constroem rede global de cabos submarinos: entenda o que está por trás da operação
Publicado 17/07/2025 • 11:39 | Atualizado há 6 horas
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KEY POINTS
Mapa da rede de cabos submarinos pelo mundo.
submarinecablemap.com
As gigantes da tecnologia Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram) e a Alphabet (do Google), estão construindo uma ampla rede de cabos submarinos transcontinentais diante do aumento da demanda por dados e os novos fluxos de trabalho de inteligência artificial, que exigem maior amplitude de banda de internet.
Esses cabos submarinos são como uma espinha dorsal da infraestrutura global de internet e de telecomunicações, permitindo desde ligações internacionais até transações financeiras. Mesmo com o papel complementar dos satélites, estima-se que até 95% do tráfego de internet internacional passe por cabos óticos que cruzam o fundo dos oceanos.
Historicamente, esses cabos eram responsabilidade de grandes operadoras de telecomunicação e consórcios estatais. Nos últimos dez anos, no entanto, empresas de tecnologia como Meta, Google, Amazon e Microsoft passaram a liderar esses investimentos.
“As discussões sobre a resiliência dessa rede global — essa camada base da internet — estão ganhando cada vez mais relevância”, afirmou Nigel Bayliff, diretor sênior de redes submarinas globais do Google.
Segundo a consultoria de telecomunicações TeleGeography, com sede em Washington, o setor vem registrando um “crescimento extraordinário” nos últimos anos, sem sinais de desaceleração.
“É uma tecnologia impressionante”, disse Alan Mauldin, diretor de pesquisa da TeleGeography, à CNBC.
“Conseguir transmitir luz por uma fibra óptica por milhares de quilômetros no fundo do oceano é algo incrível. E o melhor é que funciona bem, com qualidade estável.”
A Meta anunciou recentemente o Projeto Waterworth, que promete ser o cabo submarino mais longo já construído. Com 50 mil quilômetros de extensão, o sistema multibilionário terá 24 pares de fibra óptica e deve conectar cinco continentes, incluindo Estados Unidos, Brasil, Índia e África do Sul.
Alex Aime, chefe de infraestrutura de redes da Meta — dona de Facebook, Instagram e WhatsApp — afirmou que o projeto é guiado por três metas principais: capacidade, resiliência e alcance global.
“A inteligência artificial exige capacidade de processamento, dados e conectividade”, disse Aime.
“E quando falamos em conectividade, não é só entre data centers terrestres, mas também entre continentes.”
Desde o início da década de 2010, a Meta já investiu em cerca de 30 cabos submarinos, embora nem todos estejam operacionais.
Aime afirmou que fatores como restrições geográficas, tensões geopolíticas e desafios de confiabilidade explicam a estratégia da empresa de diversificar as rotas e reforçar a resiliência da rede.
“Acreditamos que a IA não deve beneficiar apenas pessoas nos EUA, mas o mundo todo. O Waterworth garante essa conectividade global”, completou.
O Google, que também investiu em mais de 30 cabos ao redor do mundo, anunciou neste mês o lançamento do cabo submarino Sol, que conectará os Estados Unidos a Bermudas, Açores e Espanha. O projeto visa atender à crescente demanda por serviços da nuvem Google Cloud e por soluções de IA.
“Desde o início da era dos dados, 99% da transmissão entre países separados por oceanos ocorre por cabos submarinos”, explicou Nigel Bayliff. “Esses cabos tornam tudo possível.”
Na prática, os cabos têm o tamanho de uma mangueira de jardim e contêm fibras ópticas que transmitem dados de um ponto a outro.
O processo completo de implantação leva cerca de quatro anos e envolve etapas como definição da rota, licenças de levantamento, fabricação, permissões de instalação, testes e ativação.
“É um processo direto, semelhante ao dos primeiros cabos no século 19”, disse Bayliff.
“Carregamos o cabo num navio, partimos de um ponto e o desenrolamos até o outro. Depois, testamos os equipamentos e esperamos que funcione por 20 anos.”
Pesquisadores do Oxford Internet Institute destacaram que o avanço de projetos como os da Meta e do Google mostra que as grandes empresas de tecnologia se tornaram capazes de financiar individualmente estruturas que antes exigiam consórcios para serem viáveis.
Esse movimento, segundo os pesquisadores, também pode gerar preocupações para formuladores de políticas públicas, principalmente quanto à concentração de infraestrutura digital em poucas mãos.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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