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Minerva pede reavaliação da fusão BRF-Marfrig junto ao Cade; entenda

Publicado 30/06/2025 • 17:21 | Atualizado há 6 horas

Giovanni Porfírio, do Times Brasil

KEY POINTS

  • A Minerva Foods entrou com um recurso junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) solicitando uma reavaliação da fusão entre os frigoríficos BRF e Marfrig.
  • No pedido, a Minerva alega riscos à concorrência, e pede uma melhor verificação de dados qualitativos e quantitativos sobre a concentração no mercado de processados, aumento no poder de compra, além da possibilidade de atuação cruzada da Salic - fundo da Arábia Saudita - em ambas as empresas.
  • A companhia também manifestou preocupação para a carne processada para restaurantes, lanchonetes e redes de fast food (chamado de food service).
Fusão vai criar empresa com valor superior a R$ 150 bilhões, com forte presença no mercado dos EUA.

Fusão vai criar empresa com valor superior a R$ 150 bilhões, com forte presença no mercado dos EUA.

Reprodução

A Minerva Foods entrou com um recurso junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) solicitando uma reavaliação da fusão entre os frigoríficos BRF e Marfrig.

No pedido, a Minerva alega riscos à concorrência, e pede uma melhor verificação de dados qualitativos e quantitativos sobre a concentração no mercado de processados, aumento no poder de compra, além da possibilidade de atuação cruzada da Salic – fundo da Arábia Saudita – em ambas as empresas.

Ainda no texto, a Minerva diz que a Marfrig tenta “minimizar os efeitos da operação, ao indicar que já seria controladora unitária da BRF e que tal posição já teria sido considerada pelo Cade em precedentes”.

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Preocupação com fundo Salic

No documento enviado ao Cade, a Minerva alega que a incorporação da BRF pela Marfrig resultaria na criação de “um novo e preocupante ambiente competitivo, especialmente pela entrada direta da Salic no capital social da Marfrig”.

O fundo árabe detém 24,5% do capital social da Minerva e, a partir da fusão, também teria participação de 10,6% na MBRF – empresa resultante do processo de fusão entre BRF e Marfrig.

Por ser concorrente direta da Marfrig no mercado de carne bovina in natura, a Minerva acredita que isso poderia favorecer a obtenção de “informações concorrencialmente sensíveis de diferentes concorrentes no mesmo mercado relevante”.

“Essa sobreposição societária enseja preocupações objetivas, sobretudo pelos riscos relacionados á facilitação de intelocking directorates e circulação de informações sensíveis de Marfrig e Minerva, via Salic”, escreve.

Influência no foodservice

Em um relatório técnico elaborado pela LCA Consultoria, contratada pela Minerva para elaborar um parecer econômico sobre o caso, a companhia também manifestou preocupação para a carne processada para restaurantes, lanchonetes e redes de fast food (chamado de food service).

“Em outras palavras, a força da marca provoca um efeito em cadeia: a preferência dos consumidores influencia diretamente as preferências dos varejistas e distribuidoras”, disse a Minerva. “É bastante improvável que um player que se propõe a fornecer 70% dos hambúrgueres do McDonald’s no Brasil tenha uma participação irrelevante no food service”, continua.

Procurada pela reportagem do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, a MBRF informou que não vai comentar sobre o caso.

Assembleia para avaliar fusão Marfrig-BRF já tem data para ocorrer

O conselho de administração da BRF reconvocou para o próximo dia 14 de julho a assembleia geral extraordinária (AGE) que irá deliberar sobre o processo de fusão com a Marfrig.

A nova data cumpre o prazo de 21 dias exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), bem como atende às determinações do órgão regulador quanto aos novos documentos anexos ao processo.

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