Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Model Y marca estreia da Tesla na Índia por US$ 70 mil
Publicado 15/07/2025 • 10:43 | Atualizado há 6 horas
BREAKING NEWS
Alckmin e setores do agro falam após reunião sobre tarifaço dos EUA
Baidu da China vai lançar carros sem motorista no Uber
Google investirá US$ 25 bilhões em centros de dados e infraestrutura de IA na maior rede elétrica dos EUA
Nvidia diz que governo dos EUA permitirá que ela retome as vendas de chips de IA H20 para a China
Anthropic, apoiada pela Amazon, lança Claude AI para serviços financeiros
Meta remove 10 milhões de perfis no Facebook para combater spam
Publicado 15/07/2025 • 10:43 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
REUTERS/Francis Mascarenhas
A equipe de imprensa tira fotos e vídeos do carro TESLA Modelo Y no primeiro showroom da Tesla na Índia , em Mumbai, Índia, em 15 de julho de 2025.
A Tesla fez sua aguardada estreia na Índia com o lançamento do SUV elétrico Model Y, que será vendido a partir de US$ 69.770 — valor significativamente mais alto do que em outros grandes mercados, conforme mostra o site da empresa nesta terça-feira (15).
O início das vendas coincidiu com a inauguração da primeira loja da Tesla no país, localizada em Mumbai. Isabel Fan, diretora da Tesla para o Sudeste Asiático, também anunciou que a empresa abrirá em breve um showroom na capital indiana, Nova Délhi, segundo reportagem da CNBC-TV18.
Leia também:
Tesla estreia na Índia com o Model Y por US$ 70 mil
Modi quer que a Tesla construa carros na Índia, mas obstáculos podem dificultar o processo
A emissora acrescentou ainda que a Tesla pretende contratar funcionários localmente e implementar centros de experiência, serviços, sistemas de entrega, estações de carregamento e centros logísticos em todo o país.
A entrada da montadora no terceiro maior mercado automotivo do mundo (em volume de vendas) vinha sendo especulada há anos. No entanto, o preço elevado do veículo pode surpreender. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Model Y parte de US$ 44.990.
Em abril, o diretor financeiro da Tesla, Vaibhav Taneja, confirmou o interesse da empresa no mercado indiano, mas afirmou que adotaria uma abordagem cautelosa, considerando a tarifa de 70% sobre importações de veículos elétricos e um imposto de luxo de cerca de 30%.
Esses tributos explicam por que a Tesla teve de estabelecer preços tão altos no país, apesar da preferência local por carros elétricos mais acessíveis.
Especialistas ouvidos pela CNBC afirmaram que, com isso, a Tesla deverá competir no segmento premium do mercado indiano, ao lado de marcas como a BMW, em vez de disputar com montadoras locais, como a Tata Motors.
“Não diria que esses preços estão completamente fora da realidade, porque há compradores na Índia para todas as faixas de valor”, afirmou Vivek Vaidya, líder global de mobilidade na consultoria Frost & Sullivan, ao programa “Inside India”, da CNBC. “A questão é se a Tesla vai ameaçar o mercado de massa. A resposta é não, porque os carros mais vendidos provavelmente custam um décimo desse preço”, acrescentou.
Apesar da dificuldade de competir em preço, a Tesla parece mais interessada em “testar as águas” do que, de fato, vender em grande escala na Índia, segundo Puneet Gupta, diretor para o mercado automotivo indiano na S&P Global Mobility.
No ano passado, a Índia anunciou uma nova política para veículos elétricos que prevê redução de tarifas para empresas que se comprometerem a desenvolver uma cadeia de suprimentos local. Isso poderia ajudar a Tesla a reduzir seus preços no país, mas até o momento a montadora não assumiu o compromisso de instalar fábricas na Índia.
“A loja de Mumbai é um movimento estratégico de ‘soft power’, e não um compromisso total”, avaliou Diwakar Murugan, analista automotivo da Canalys, em declaração à CNBC. Segundo ele, a hesitação da Tesla é pragmática, já que o mercado indiano ainda não tem demanda suficiente para justificar uma operação fabril de grande porte.
“Mudar uma parte significativa da produção para a Índia exigiria uma reavaliação completa da estratégia global de fabricação da empresa — algo para o qual ela ainda não está pronta, já que o foco principal continua sendo ampliar a produção em mercados já consolidados”, afirmou Murugan.
Ele estima que a Tesla só deva se comprometer com uma produção em larga escala no país entre 2028 e 2030, com incentivos como subsídios para aquisição de terrenos, isenção fiscal e o amadurecimento da indústria local de baterias como fatores decisivos.
Enquanto isso, o Model Y deverá ser um produto “de nicho e volume limitado, voltado para consumidores ricos, antenados em tecnologia e em busca de um símbolo de status”, completou.
Gupta, da S&P, lembrou ainda que as tarifas indianas sobre exportação de veículos elétricos podem ser revistas em breve, diante das negociações comerciais em andamento entre Washington e Nova Délhi, bem como de possíveis ajustes na política nacional para o setor.
O CEO da Tesla, Elon Musk, chegou a conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em abril, sobre temas como colaboração tecnológica e inovação.
“O governo indiano tem sido bastante proativo no incentivo a carros elétricos mais verdes e limpos, e acredito que a Tesla tem uma vantagem clara devido à relação entre Índia e Estados Unidos”, concluiu Gupta.
—
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
PGR pede condenação de Bolsonaro por golpe de Estado
Tarifas de Trump contra o Brasil dificilmente serão aplicadas, diz UBS
Volvo sofre impacto de US$ 1,2 bilhão com tarifas dos EUA e atrasos em produtos
Tarifa dos EUA ameaça exportações da Embraer e afeta 1.700 aeronaves, alerta ministro dos Portos e Aeroportos
Alckmin diz que Brasil busca negociar com EUA para reverter tarifas e critica decisão como “injusta”