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Novo remédio da fabricante do Mounjaro tem maior perda de peso já registrada em teste

Publicado 11/12/2025 • 10:36 | Atualizado há 2 dias

KEY POINTS

  • Novo remédio da Eli Lilly (retatrutida), sucessor do Mounjaro, registrou a maior perda de peso já observada em um estudo clínico avançado: até 28,7% entre pacientes que completaram o tratamento
  • Além de promover emagrecimento recorde, o medicamento reduziu em até 62,6% a dor causada por osteoartrite no joelho
  • Apesar dos resultados promissores, a dose mais alta teve taxa relevante de abandono (18%) por efeitos colaterais como náusea, diarreia, vômito e perda de peso considerada excessiva
Mounjaro.

Foto: REUTERS/George Frey/Foto de arquivo

Medicamento Mounjaro

A Eli Lilly divulgou nesta quinta-feira (11) os primeiros resultados em estágio avançado de seu novo medicamento para obesidade, a retatrutida, um tratamento de última geração que promete redesenhar o mercado de remédios para emagrecimento e ampliar a vantagem da farmacêutica sobre a rival Novo Nordisk.

O remédio alcançou a maior perda de peso já registrada em um estudo clínico avançado: até 28,7% entre pacientes que permaneceram no tratamento, e 23,7% quando considerados todos os participantes, inclusive quem abandonou o estudo. Segundo a empresa, alguns pacientes chegaram a desistir justamente por acharem que estavam emagrecendo demais.

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Além do impacto no peso, a retatrutida também reduziu em até 62,6% a dor causada por osteoartrite no joelho, um efeito adicional que pode ampliar o público-alvo da terapia. Mais de um em cada oito pacientes terminou o estudo sem sentir dor alguma.

Batizada de “triple G”, a retatrutida imita simultaneamente três hormônios ligados ao controle da fome (GLP-1, GIP e glucagon), enquanto medicamentos atuais, como Zepbound (Eli Lilly) ou Wegovy (Novo Nordisk), atuam sobre um ou dois deles. Essa abordagem tríplice pode explicar o efeito mais potente observado no apetite e na saciedade.

A Lilly vê o novo medicamento como o futuro de sua linha de produtos para obesidade, hoje liderada por Zepbound. O mercado já movimenta dezenas de bilhões de dólares e pode chegar a US$ 100 bilhões até os anos 2030, segundo analistas.

Mas nem tudo são boas notícias: 18% dos pacientes na dose mais alta abandonaram o tratamento devido a efeitos colaterais como náusea (43%), diarreia (33%), vômito (20,9%) e disestesia. A empresa afirma que, na maioria dos casos, os sintomas foram leves.

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A retatrutida ainda precisa passar por mais sete estudos de fase 3, cujos resultados devem ser divulgados até o fim de 2026. A rival Novo Nordisk, por sua vez, corre para alcançar a Lilly e já pagou até US$ 2 bilhões pelos direitos de um medicamento experimental chinês com abordagem semelhante.

Se os próximos testes confirmarem o desempenho, a retatrutida pode estabelecer um novo padrão para os remédios de perda de peso e consolidar a Lilly na liderança de um dos mercados mais disputados da indústria farmacêutica.

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