Nvidia: ações caem após investigação na China por suspeita de violação à lei antimonopólio
Publicado 09/12/2024 • 10:42 | Atualizado há 3 meses
Publicado 09/12/2024 • 10:42 | Atualizado há 3 meses
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Imagem de chip da Nvidia
Pexels
As ações da Nvidia recuaram nesta segunda-feira (9) após o anúncio de que um regulador chinês está investigando a empresa por possíveis violações à lei antimonopólio do país.
Antes da abertura do mercado, os papéis registraram queda de cerca de 2%.
De acordo com o governo chinês, a Administração Estatal de Regulação de Mercados (SAMR) iniciou a investigação em relação à aquisição da Mellanox, fabricante de chips israelense, pela Nvidia.
“Nos últimos dias, devido à suspeita de violação da lei antimonopólio da China pela Nvidia e às condições restritivas impostas pela Administração Estatal de Regulação de Mercados à aquisição das ações da Mellanox, foi aberta uma investigação em conformidade com a lei”, informou o órgão, em declaração traduzida pela CNBC.
A Nvidia ainda não se pronunciou sobre o caso.
A investigação ocorre em um momento de aumento das tensões entre Estados Unidos e China no setor de semicondutores. Na última semana, a administração Biden anunciou novas restrições para empresas de ferramentas de chips, ampliando uma série de medidas recentes para limitar o acesso da China às tecnologias mais avançadas.
Nos últimos anos, os EUA têm restringido empresas como a Nvidia de vender seus chips mais avançados de inteligência artificial (IA) para a China, em um esforço para conter o avanço militar do país. Em resposta, a Nvidia tem desenvolvido novos produtos que atendem às regulamentações impostas pelos EUA, permitindo sua comercialização no mercado chinês.
Apesar das dificuldades, as ações da companhia tiveram um desempenho notável em 2023, acumulando alta de quase 188%, impulsionadas pela euforia dos investidores com o setor de IA, especialmente após o lançamento do ChatGPT há mais de dois anos. A valorização da Nvidia tem sido um dos pilares para o avanço do mercado de tecnologia e da bolsa em geral.
A investigação chinesa, entretanto, lança uma nova camada de incertezas para a empresa, que está no centro das atenções da revolução tecnológica impulsionada pela inteligência artificial.
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