A PayPal reportou lucros acima do esperado no primeiro trimestre, mas a empresa não atingiu as estimativas de receita e reafirmou suas projeções para 2025 devido à incerteza macroeconômica. As ações caíram cerca de 2% nas negociações pré-mercado.
Veja como a empresa se saiu em comparação com as estimativas de Wall Street, com base em uma pesquisa de analistas feita pela LSEG:
- Lucro por ação: US$ 1,33 ajustado vs. US$ 1,16 esperados
- Receita: US$ 7,79 bilhões vs. US$ 7,85 bilhões esperados
Embora as vendas tenham crescido apenas 1%, de US$ 7,7 bilhões no ano anterior, a PayPal disse que os resultados refletem uma estratégia de priorizar a lucratividade em vez do volume, eliminando fontes de receita de menor margem.
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A margem de transações em dólares, principal indicador de lucratividade da empresa, cresceu 7%, atingindo US$ 3,7 bilhões — o quinto trimestre consecutivo de crescimento lucrativo sob a liderança de Alex Chriss.
O volume total de pagamentos — um indicativo de como os pagamentos digitais estão se saindo na economia em geral — ficou abaixo das estimativas, totalizando US$ 417,2 bilhões, contra os quase US$ 418 bilhões projetados por analistas. O número de contas ativas subiu 2% em relação ao ano anterior, totalizando 436 milhões.
A receita do Venmo cresceu 20% ano a ano, embora a empresa não tenha divulgado o valor exato. O volume total de pagamentos via Venmo aumentou 10%, para US$ 75,9 bilhões. O volume de transações com “Pay with Venmo” subiu 50% no trimestre, e os usuários ativos mensais do cartão de débito Venmo aumentaram cerca de 40%.
Chriss tem focado em monetizar melhor aquisições-chave como Braintree e Venmo. DoorDash, Starbucks e Ticketmaster estão entre as empresas que agora aceitam Venmo como forma de pagamento.
Antes do relatório de resultados da PayPal, alguns analistas adotaram um tom cauteloso, apesar do foco da empresa na expansão da margem. Analistas do Morgan Stanley alertaram em nota na segunda-feira (28) que o sentimento dos investidores permanecia pessimista devido ao possível impacto de tarifas, à pressão competitiva de Apple e Shopify, e ao risco de desaceleração de longo prazo no crescimento do checkout com marca.
Analistas do Jefferies destacaram a exposição da PayPal ao comércio transfronteiriço com a China como um risco emergente ligado a possíveis novas tarifas e mudanças na isenção de de minimis.
Para o segundo trimestre, a PayPal divulgou projeções acima do esperado, prevendo lucro ajustado por ação entre US$ 1,29 e US$ 1,31, acima da estimativa média dos analistas de US$ 1,21. A margem de transações em dólares deve crescer entre 4% e 5%, alcançando de US$ 3,75 bilhões a US$ 3,8 bilhões, segundo a empresa.
No entanto, para o ano todo, a PayPal optou por manter sua projeção, citando “incerteza macroeconômica global”. A empresa espera um lucro por ação de US$ 4,95 a US$ 5,10 no ano, com fluxo de caixa livre entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões.
As ações da PayPal acumulam queda de 24% neste ano, enquanto o índice Nasdaq recuou 10%.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
