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Procter & Gamble supera expectativas, mas alerta que tarifas vão pesar nos lucros

Publicado 29/07/2025 • 15:30 | Atualizado há 15 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Procter & Gamble divulgou nesta terça-feira (29) resultados trimestrais acima do esperado por Wall Street, mas trouxe uma previsão para o ano fiscal de 2026 que inclui um impacto negativo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,59 bilhões) por causa do aumento dos custos com tarifas.
  • O gigante dos produtos de consumo prevê para o ano fiscal de 2026 um crescimento de vendas entre 1% e 5% e lucro por ação entre US$ 6,83 e US$ 7,09 (de R$ 38,17 a R$ 39,66).
O detergente para roupas Tide é exibido em Compton, Califórnia.

O detergente para roupas Tide, da P&G, é exibido em Compton, Califórnia.

Mike Blake | Reuters (Reprodução CNBC Internacional)

A Procter & Gamble divulgou nesta terça-feira (29) resultados trimestrais acima do esperado por Wall Street, mas trouxe uma previsão para o ano fiscal de 2026 que inclui um impacto negativo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,59 bilhões) por causa do aumento dos custos com tarifas.

“Crescemos em vendas e lucro no ano fiscal de 2025 e devolvemos altos volumes de caixa aos acionistas em um ambiente dinâmico, difícil e instável”, afirmou o CEO Jon Moeller em comunicado à imprensa.

O resultado da empresa veio um dia depois do anúncio de que Shailesh Jejurikar, atual diretor de operações, vai assumir como presidente e CEO no lugar de Moeller a partir de 1º de janeiro. Moeller passará a atuar como presidente do conselho executivo nessa data.

Projeções para 2026 e os desafios impostos pelas tarifas

O gigante dos produtos de consumo, dono de marcas como Tide e Charmin, prevê para o ano fiscal de 2026 um crescimento de vendas entre 1% e 5% e lucro por ação entre US$ 6,83 e US$ 7,09 (de R$ 38,17 a R$ 39,66).

A empresa informou que esse resultado já considera um efeito negativo estimado em 39 centavos por ação – uma queda de 6% no crescimento do lucro por ação – relacionado às tarifas do presidente Donald Trump, ao aumento dos custos com matérias-primas, maior despesa líquida com juros e à sua taxa efetiva de imposto.

Analistas de Wall Street esperavam um crescimento de receita de 3,1% e lucro por ação de US$ 6,99 (R$ 39,06) para 2026, segundo a LSEG.

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Resultados do quarto trimestre fiscal superam expectativas

Veja o que a Procter & Gamble reportou para o quarto trimestre fiscal em comparação com as expectativas de Wall Street, com base em levantamento feito pela LSEG:

  • Lucro por ação: US$ 1,48 (R$ 8,26) contra US$ 1,42 (R$ 7,94) esperados;
  • Receita: US$ 20,89 bilhões (R$ 116,65 bilhões) contra US$ 20,82 bilhões (R$ 116,25 bilhões) esperados.

A P&G registrou um lucro líquido de US$ 3,62 bilhões (R$ 20,23 bilhões), ou US$ 1,48 (R$ 8,26) por ação, no quarto trimestre fiscal, acima dos US$ 3,14 bilhões (R$ 17,54 bilhões), ou US$ 1,27 (R$ 7,10) por ação, do mesmo período do ano anterior.

As vendas líquidas subiram 2%, chegando a US$ 20,89 bilhões (R$ 116,65 bilhões). As vendas orgânicas, que desconsideram aquisições, vendas de ativos e variação cambial, também cresceram 2%.

Contexto das projeções para 2026 e a pressão do mercado

A orientação para 2026 veio depois que a P&G reduziu suas projeções em abril para o restante do ano fiscal de 2025, citando incertezas do consumidor e tarifas. Na época, Moeller afirmou que os aumentos de preços ligados às tarifas aconteceriam durante o ano fiscal de 2026, que começou este mês.

O diretor financeiro Andre Schulten também disse em abril que as tarifas poderiam prejudicar o crescimento da P&G entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão por ano (de R$ 5,59 bilhões a R$ 8,38 bilhões).

Tanto o JPMorgan quanto a Evercore rebaixaram a recomendação para as ações da P&G neste mês. O JPMorgan previu vendas orgânicas fracas, enquanto a Evercore destacou a perda de participação de mercado na Amazon como um problema, diante da crescente migração para o varejo online.

As ações da empresa acumulam queda de cerca de 6% no ano.

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