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Publicado 21/01/2025 • 11:48
KEY POINTS
O Brasil tem arcabouço avançado para PME (Pequenas e Médias Empresas), mas ainda precisa chegar ao nível de países desenvolvidos, disse André Spínola, gerente de Estratégia e Transformação do SEBRAE, em entrevista ao jornal ‘Real Time‘ desta terça-feira (21).
“Quando comparado com outros países em desenvolvimento, o Brasil pode ser visto como avançado”, disse o especialista, que citou as ‘facilidades’ do governo brasileiro, como o Desenrola Pequenos Negócios — programa de renegociação de dívidas do Governo voltado para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.
Apesar do arcabouço legal avançado, ainda há desafios significativos em áreas como crédito e tributação, que dificultam a competitividade das pequenas empresas.
“O Brasil precisa chegar no patamar dos países desenvolvidos. Eles focam na capacitação e na ampliação do acesso ao crédito, em vez de inovação, por exemplo, já que já são avançados nessa área”, disse.
Spínola ainda explicou que a elevada taxa de juros no Brasil é outro grande entrave para os pequenos negócios. “Enquanto uma grande empresa consegue crédito a 10% ou 11% ao ano, os pequenos empreendedores enfrentam taxas que chegam a 45%, o que é um absurdo”, disse.
Segundo o especialista, esse custo é inviável e desestimula investimentos. “É importante a implementação de ppolíticas públicas para facilitar o acesso a financiamentos mais justos”, disse.
Para quem pensa em empreender em 2025, ele aconselha: “Se prepare e se prepare mais um pouco. É fácil abrir uma empresa no Brasil, mas muito difícil mantê-la. Planejamento e análise cuidadosa são fundamentais, especialmente diante de um cenário de crédito caro e burocrático.”
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