O Bank of America divulgou nesta terça-feira (15) os resultados do primeiro trimestre, superando as expectativas dos analistas em relação ao lucro e à receita, impulsionado por uma receita líquida de juros e ganhos com negociações acima do previsto.
Confira os principais números divulgados pela empresa:
- Lucro por ação: US$ 0,90, ante estimativa de US$ 0,82 por ação, segundo a LSEG
- Receita: US$ 27,51 bilhões, acima dos US$ 26,99 bilhões esperados
O banco informou que o lucro subiu 11%, totalizando US$ 7,4 bilhões, ou US$ 0,90 por ação, enquanto a receita aumentou 5,9%, alcançando US$ 27,51 bilhões.
Esses resultados foram impulsionados pela receita líquida de juros — a diferença entre o que o banco paga aos depositantes e o que ganha com empréstimos e investimentos —, que subiu para US$ 14,6 bilhões no trimestre, superando a estimativa de US$ 14,56 bilhões da StreetAccount.
Segundo o Bank of America, a receita líquida de juros foi beneficiada por menores custos de depósitos e por investimentos com rendimentos mais altos, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Nossos clientes corporativos têm apresentado bom desempenho, e os consumidores continuam demonstrando resiliência, mantendo os gastos e uma qualidade de crédito saudável”, disse o CEO Brian Moynihan em comunicado.
“Embora possamos enfrentar mudanças na economia no futuro, acreditamos que os investimentos disciplinados que fizemos em crescimento de qualidade, nosso conjunto diversificado de negócios e o foco incansável da equipe em crescimento responsável continuarão sendo uma fonte de força.”
As ações do banco subiram 4%.
A receita com negociações de ações avançou 17%, totalizando US$ 2,2 bilhões — ligeiramente acima da estimativa de US$ 2,12 bilhões. Já a receita com renda fixa cresceu 5%, alcançando US$ 3,5 bilhões, também superando a projeção de US$ 3,46 bilhões.
As taxas de serviços de banco de investimento caíram 3%, para US$ 1,5 bilhão, abaixo da estimativa de US$ 1,6 bilhão, em meio à desaceleração generalizada do setor causada pela incerteza nas negociações comerciais.
A provisão para perdas com empréstimos — outro indicador importante monitorado por investidores, à medida que os bancos se preparam para uma possível recessão ainda este ano — foi melhor do que o esperado, ficando em US$ 1,5 bilhão, frente à estimativa de US$ 1,58 bilhão.
As ações do Bank of America haviam recuado nas últimas semanas, em meio a preocupações de que as políticas tarifárias do presidente Donald Trump pudessem provocar uma recessão.
Até segunda-feira, os papéis da empresa acumulavam queda de mais de 16% no ano.
JPMorgan Chase, Morgan Stanley e Goldman Sachs também superaram as estimativas dos analistas, impulsionados por um bom desempenho nas receitas com negociações de ações, aproveitando a volatilidade registrada no trimestre.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
