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CEO da L’Oréal minimiza impacto de tarifas dos EUA e diz não estar ‘excessivamente preocupado’

Publicado 11/03/2025 • 10:46 | Atualizado há 2 meses

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O CEO da L’Oréal, Nicolas Hieronimus, afirmou que não vê grandes preocupações com as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Em entrevista à CNBC, ele destacou que a empresa produz a maior parte dos produtos vendidos no país em território norte-americano, o que reduz os impactos das novas tarifas.
  • No entanto, itens de luxo, como fragrâncias, são fabricados na Europa e podem ser afetados por possíveis mudanças tarifárias.
  • As declarações de Hieronimus surgem após o ex-presidente Donald Trump ter implementado tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México e tarifas de 10% sobre produtos chineses, em uma tentativa de reduzir o déficit comercial dos EUA.
Nicolas Hieronimus, CEO da L’Oréal.

Nicolas Hieronimus, CEO da L’Oréal.

Wikipedia.

O CEO da L’Oréal, Nicolas Hieronimus, afirmou que não vê grandes preocupações com as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Em entrevista à CNBC, ele destacou que a empresa produz a maior parte dos produtos vendidos no país em território norte-americano, reduzindo os impactos das novas tarifas.

No entanto, itens de luxo, como fragrâncias, são fabricados na Europa e podem ser afetados por possíveis mudanças tarifárias. “Atualmente, essa categoria não sofre com tarifas”, disse Hieronimus. “Se houver alguma no futuro, encontraremos uma forma de lidar com isso. Há espaço para ajuste de preços e também o efeito da moeda, já que o dólar está mais forte.”

O executivo ressaltou que a situação permanece sob controle, “desde que não se transforme em uma guerra comercial global de retaliações”.

EUA endurecem tarifas, e Europa pode ser alvo

As declarações de Hieronimus surgem após o ex-presidente Donald Trump ter implementado tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México e tarifas de 10% sobre produtos chineses, em uma tentativa de reduzir o déficit comercial dos EUA. Há também ameaças de novas tarifas sobre importações europeias.

Desempenho da L’Oréal

A L’Oréal, proprietária de marcas como Maybelline, Garnier e La Roche-Posay, apresentou um desempenho sólido em 2024, apesar de um mercado de beleza em desaceleração. No entanto, os resultados do quarto trimestre ficaram abaixo das expectativas, com um crescimento de 2,5% nas vendas comparáveis — ritmo inferior ao do trimestre anterior.

Nos EUA, as vendas foram fracas e não compensaram a desaceleração contínua da China. Apesar disso, Hieronimus mantém otimismo em relação à América do Norte. “Os fundamentos da economia seguem positivos”, afirmou. “Temos apenas 30% de participação de mercado, então o crescimento não depende apenas do setor, mas também da nossa capacidade de conquistar novos consumidores.”

Europa impulsiona crescimento, mas regulação preocupa

Na Europa, o desempenho da L’Oréal foi robusto, com um crescimento de 8,2% nas vendas comparáveis, tornando a região o principal motor de crescimento da companhia no ano passado.

Porém, Hieronimus criticou a postura da União Europeia, que, segundo ele, está excessivamente focada em regulamentação e pouco voltada à inovação. “Acredito e espero que a nova administração Trump, com sua ênfase na competitividade, sirva como um impulso necessário para a Europa”, afirmou.

China: desafios e incertezas

A China tem sido um mercado estratégico para a L’Oréal e para o setor de luxo, mas enfrenta desafios significativos, incluindo uma repressão à corrupção, os efeitos da pandemia de Covid-19, pressões inflacionárias e uma desaceleração da demanda interna. Além disso, tensões geopolíticas recentes trouxeram mais incerteza ao mercado chinês.

Hieronimus acredita que 2025 não trará uma recuperação significativa na demanda chinesa, mas mantém uma visão positiva para o longo prazo. “Estou confiante”, disse. “Não espero grandes mudanças este ano em relação a 2024, mas acredito que veremos boas notícias da China nos próximos meses e anos.”

Concorrência e aposta na inovação

Mesmo sendo a maior empresa de beleza do mundo em receita e valor de mercado, a L’Oréal enfrenta uma concorrência crescente, tanto de grandes grupos de luxo, como Hermès e Kering, que estão investindo em cosméticos, quanto de startups ágeis no ambiente digital.

Para enfrentar essa concorrência, Hieronimus aposta na inovação. “Todos os anos, de 10% a 15% do nosso faturamento vem de novos produtos”, destacou. “O consumidor precisa ser constantemente surpreendido e encantado. Ninguém pede um novo batom com mais brilho ou uma nova coloração para os cabelos, mas é nosso papel estimular essa demanda.”

A L’Oréal também está expandindo sua atuação no segmento de estética avançada. Após adquirir 10% da Galderma, especializada em tratamentos injetáveis, a empresa investiu em clínicas na América do Norte e na China para entender melhor esse mercado. “Ainda vamos decidir se faremos investimentos maiores”, disse o CEO. “O importante para a L’Oréal é aprender, observar e depois tomar a decisão correta.”

Além disso, a empresa planeja anúncios no setor de nutricosméticos ainda este ano.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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