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Apesar de alta na receita, lucro da AMD fica abaixo do esperado
Publicado 05/08/2025 • 21:49 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 05/08/2025 • 21:49 | Atualizado há 9 horas
KEY POINTS
Chairwoman e CEO da Advanced Micro Devices (AMD), Dra. Lisa Su.
Brendan SMIALOWSKI / AFP
A Advanced Micro Devices (AMD) divulgou nesta terça-feira (5) seus resultados do trimestre, que ficaram abaixo das estimativas dos analistas. Após a divulgação, as ações da empresa caíram cerca de 5% nas negociações após o fechamento do mercado.
Veja como a fabricante de chips se saiu em relação às projeções da LSEG para o trimestre encerrado em junho:
Para o trimestre atual, a AMD prevê vendas de US$ 8,7 bilhões (R$ 47,82 bilhões), com uma margem de erro de mais ou menos US$ 300 milhões (R$ 1,64 bilhão), enquanto o mercado esperava receita de US$ 8,3 bilhões (R$ 45,62 bilhões).
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No segundo trimestre fiscal, a AMD registrou lucro líquido de US$ 872 milhões (R$ 4,79 bilhões), ou US$ 0,54 (R$ 2,97) por ação, um salto em relação aos US$ 265 milhões (R$ 1,45 bilhão), ou US$ 0,16 (R$ 0,88) por ação, no mesmo período do ano passado. Já a Nvidia viu sua receita total subir 32% no período, passando de US$ 5,84 bilhões (R$ 32,10 bilhões) há um ano.
Vale lembrar que, assim como a sua concorrente, a AMD também é uma fabricante majoritária de GPUs para inteligência artificial. Mesmo assim, grandes clientes de IA como Meta e OpenAI estão de olho na AMD como alternativa aos chips caros da Nvidia, especialmente para a etapa de inferência, quando os modelos de IA são lançados para o público.
Nesse trimestre, a AMD anunciou os novos chips para o setor, batizados “MI400”, que devem chegar ao mercado no próximo ano. O CEO da OpenAI, Sam Altman, já confirmou o compromisso de usar as GPUs mais recentes da AMD.
A AMD também enfrenta restrições de exportação para alguns de seus chips de IA. O governo dos Estados Unidos teme que GPUs muito potentes possam ser usadas por rivais para superar a tecnologia americana ou até para fins militares.
No mês de abril, o MI308 foi proibido de ser exportado para a China, o que, segundo a empresa, gerou uma perda de US$ 800 milhões (R$ 4,40 bilhões) no trimestre de junho. Porém, em julho, a companhia informou que espera retomar os embarques depois que o governo Trump sinalizou que deve liberar licenças especiais. A AMD ressaltou que suas projeções não incluem nenhuma receita vinda do chip de IA MI308, voltado para a China, e que seus pedidos de licença ainda estão sendo analisados pelo Departamento de Comércio dos EUA.
A margem bruta ajustada da AMD no trimestre foi de 43%. Segundo a empresa, sem os custos das restrições de exportação, essa margem teria sido de 54%.
Além das GPUs, o principal negócio da AMD é a produção de processadores centrais, conhecidos como CPUs, que concorrem diretamente com os da Intel para equipar servidores mais tradicionais.
Esses resultados aparecem no segmento de data center da empresa, que registrou receita de US$ 3,2 bilhões (R$ 17,59 bilhões), um aumento de 14% em relação ao ano passado.
Outro segmento importante da AMD é o chamado Client and Gaming, que engloba os processadores para notebooks e desktops, além das GPUs para jogos em 3D. Essa divisão cresceu 69% em um ano, puxada principalmente pela forte demanda pelos processadores de última geração da empresa, os AMD Ryzen Zen 5.
A receita só com a área de games foi de US$ 1,1 bilhão (R$ 6,05 bilhões), alta de 73% em relação ao ano anterior, impulsionada por uma demanda maior por chips customizados para consoles e placas gráficas para jogos, informou a AMD.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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