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Apple tem grandes planos de expansão na Índia — mas tarifas de Trump podem mudar isso

Publicado 13/03/2025 • 11:25 | Atualizado há 2 semanas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O consenso geral é que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tiveram uma reunião bem-sucedida em Washington no mês passado.
  • O que deu errado — e por que a Apple está no meio disso?
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Reprodução Unsplash

O consenso é que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tiveram uma reunião bem-sucedida em Washington no mês passado. O que deu errado — e por que a Apple está no meio disso?

Para contextualizar, as negociações comerciais entre os dois países parecem estar se deteriorando antes do prazo final de 2 de abril, quando as tarifas recíprocas de Trump sobre a Índia devem entrar em vigor.

Trump critica há muito tempo a Índia por suas altas tarifas, que estão entre as mais elevadas da Ásia. Uma análise do Barclays mostra que a média ponderada das tarifas da Índia sobre todas as importações é de 11,5%. Outra preocupação-chave para Washington é o crescente déficit comercial entre os dois países.

Na semana passada, o ministro do Comércio da Índia, Piyush Goyal, foi a Washington apresentar novas concessões, incluindo a redução de tarifas sobre importações-chave dos EUA, na esperança de que, em troca, a Índia fosse isenta das tarifas recíprocas de Washington.

No entanto, a equipe de comércio de Trump não parece estar cedendo, segundo fontes próximas à Nova Deli. Isso acendeu o sinal de alerta.

O setor de tecnologia pode ser um dos mais afetados — especialmente a Apple, que fabrica cerca de 15% de seus iPhones na Índia, de acordo com estimativas do Bank of America.

Atualmente, smartphones finalizados que entram na Índia enfrentam tarifas de 16% a 20%, enquanto os celulares indianos vendidos nos EUA têm tarifa zero, segundo o Barclays.

“Se as exportações indianas de smartphones, que recentemente tiveram um aumento, enfrentarem tarifas similares nos EUA, isso pode prejudicar o setor eletrônico indiano em seu estágio inicial, revertendo toda a narrativa do modelo China+1”, afirma Venugopal Garre, chefe de pesquisa da Índia na Bernstein.

Garre acredita que o aumento de custos devido às tarifas tornará os eletrônicos indianos, incluindo os iPhones fabricados no país, menos competitivos em relação aos dispositivos produzidos em outros lugares.

Rejuvenescendo o setor industrial da Índia

Analistas do Bank of America também acreditam que as tarifas propostas sobre a Índia provavelmente elevarão os preços dos iPhones.

Isso é significativo. A Apple é vista como um símbolo da revitalização da manufatura na Índia, considerada um exemplo de como uma empresa estrangeira pode prosperar no país. Goyal mencionou o sucesso da Apple ao apresentar argumentos para que empresas americanas de semicondutores expandam suas operações na Índia.

A Nvidia está atualmente trabalhando com a Reliance Industries da Índia em pesquisas de inteligência artificial, enquanto AMD e Micron se comprometeram a expandir no país. O CEO da Apple, Tim Cook, que tem uma relação próxima com Modi, esteve na Índia para a inauguração de quatro lojas em 2023.

A Índia tem desempenhado um papel importante na estratégia da Apple de diversificação da cadeia de suprimentos para reduzir a dependência da China. Além dos iPhones, a empresa começou a fabricar outros produtos no mercado indiano, incluindo iPads e AirPods.

“Atualmente, 45% da receita total da Apple vem da China, mas a empresa quer reduzir esse percentual para 30%”, disse Gene Munster, sócio-gerente da Deepwater Asset Management, à CNBC. No entanto, especialistas afirmam que tarifas mais altas podem desafiar a expansão da Apple e reduzir o retorno do investimento da empresa na Índia.

“Acredito que a Apple queira enviar uma mensagem à Nova Deli para incentivá-los a negociar e pressionar por uma estrutura tarifária equitativa”, disse Patrick Moorhead, executivo sênior de tecnologia e cofundador da TheSixFiveMedia.

A CNBC procurou a Apple para comentar, mas ainda não recebeu resposta.

Moorhead estuda a cadeia de suprimentos da Apple e acredita que a empresa pode realocar parte da produção entre suas instalações na Ásia, incluindo Índia, China e Vietnã, caso necessário.

Até o momento, o único país mais protegido contra tarifas é o Vietnã, provavelmente devido ao baixo desequilíbrio comercial com os EUA, disse Moorhead.

Minimizando o impacto das tarifas

Existem outras opções. Analistas do Morgan Stanley apontam que uma estratégia possível para reduzir o impacto das tarifas é enviar produtos quase finalizados da China para um terceiro país antes de declará-los como concluídos.

O mesmo poderia ser feito com a Índia.

Se a guerra comercial se intensificar, as empresas de tecnologia podem ser incentivadas a diversificar suas cadeias de suprimentos para três ou quatro países adicionais, garantindo flexibilidade. Essa transição é complexa: abrir uma nova fábrica pode levar de três a cinco anos, envolvendo a construção de relações com fornecedores locais, contratação de talentos e obtenção de autorizações governamentais.

Com as tarifas se tornando uma ferramenta econômica cada vez mais comum, empresas como a Apple podem precisar investir ainda mais na expansão de suas cadeias de produção. O modelo “China+1” pode ter que evoluir para “China+3”.

Isso pode significar que a Apple produzirá menos telefones na Índia do que o estimado anteriormente.

A flexibilidade da cadeia de suprimentos, embora custosa, pode ser a chave para a Apple enfrentar a tempestade tarifária. O impacto disso sobre as ambições da Índia de se tornar um destino preferencial para empresas que buscam reduzir sua dependência da China ainda é uma questão em aberto.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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