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Bolha, empregos, imprensa: os desafios da inteligência artificial em 2026
Publicado 26/11/2025 • 08:12 | Atualizado há 22 minutos
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Publicado 26/11/2025 • 08:12 | Atualizado há 22 minutos
KEY POINTS
Após três anos de crescimento acelerado e cotações estratosféricas, a indústria da inteligência artificial (IA) chega a 2026 com parte da euforia inicial cedendo espaço a questões incômodas.
Confira a seguir um panorama do que está em jogo:
A bolha vai estourar?
O fluxo de capital rumo à inteligência artificial não para de crescer, e os gastos globais em 2026 devem superar US$ 2 trilhões (R$ 16,1 trilhões), segundo a consultoria Gartner. Mas o clima de preocupação também está crescendo. O mercado financeiro acompanha de perto gigantes como Apple, Microsoft, Google, Amazon e Nvidia, além de startups como a OpenAI, diante do temor de uma bolha especulativa.
Além disso, os gigantes da tecnologia e os fabricantes de chips investem em startups de IA para que depois as empresas comprem seus produtos e serviços. Trata-se de uma economia circular, frágil caso ocorram turbulências no mercado, que remonta o início do estouro da bolha da internet em 2000.
Vários investidores importantes, entre eles o japonês SoftBank e o cofundador da Paypal e Palantir, Peter Thiel, venderam suas ações da Nvidia em meados de novembro. “Nenhuma empresa sairá ilesa, inclusive a nossa”, alertou o diretor-executivo do Google, Sundar Pichai.
Ainda assim, a Nvidia relatou uma demanda “fora de escala” por seus chips, o que indica que o entusiasmo persiste.
Empregos ameaçados?
O debate sobre o potencial da IA para destruir postos de trabalho continua sem respostas definitivas. “O fenômeno da IA já está aí e influencia a forma como as empresas pensam sobre sua força de trabalho”, afirmou o vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson.
Entusiastas acreditam que a transformação será tão profunda que será necessário adotar uma renda universal. A maioria das previsões, porém, aponta para uma mudança gradual. A consultoria McKinsey projeta que 30% dos empregos nos Estados Unidos poderão ser automatizados até 2030, e que 60% passarão por alterações significativas.
Analistas da Gartner sugerem que a IA criará mais vagas do que eliminará até 2027.
Superinteligência à vista?
Os avanços recentes reacendem o debate sobre máquinas superinteligentes, antes restrito à ficção científica. O fundador da Anthropic, Dario Amodei, afirma que a próxima geração de IA poderá surgir em 2026 e superar ganhadores do Prêmio Nobel.
Segundo ele, essa inteligência artificial geral (AGI) atuará em um nível superior ao de qualquer pessoa.
O diretor da OpenAI, Sam Altman, prevê que, no início de 2028, sua empresa poderá criar um “pesquisador de IA legítimo”, capaz de realizar descobertas científicas.
Já o presidente da Meta, Mark Zuckerberg, investiu centenas de milhões de dólares em 2025 na contratação de pesquisadores para atingir a AGI.
Mas Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta que deixará a empresa no fim do ano, considera “pura besteira” a ideia de criar “gênios” artificiais em centros de dados.
Leia mais:
A inteligência artificial e o compreendimento da mente humana
O futuro da imprensa
A IA generativa representa “a maior transformação no ecossistema da informação desde a invenção da imprensa”, disse o consultor David Caswell à AFP.
Os meios de comunicação tradicionais enfrentam ameaças de chatbots e das prévias de IA do Google, que reproduzem conteúdos jornalísticos sem que o usuário visite os sites de origem, o que reduz o tráfego e a receita publicitária dos veículos.
As alternativas para sobreviver incluem “se tornar um produto de luxo de alto valor agregado”, como fazem The Economist e Financial Times; aplicar bloqueios contra extração de conteúdo; ingressar com ações judiciais; ou estabelecer parcerias, como fizeram The New York Times, Associated Press e a AFP.
Limpar o ‘slop’
Apesar de promessas de avanços na detecção e tratamento do câncer e no combate às mudanças climáticas, muitos especialistas afirmam que o impacto mais visível da IA até agora é a proliferação do “slop”, termo do inglês para designar o conteúdo de baixa qualidade gerado pela inteligência artificial.
A produção desse material exige pouco esforço, rende cliques, propaga desinformação e gera receita ao explorar algoritmos das plataformas.
Essas criações, muitas vezes divulgadas como reais, inundam as redes com conteúdos que vão de bandas falsas no Spotify a vídeos no TikTok que simulam explosões na linha de frente da guerra na Ucrânia.
As plataformas reagiram com medidas de rotulagem, moderação e combate ao spam, embora não tenha aparecido nenhuma bala de prata para conter a onda.
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