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CEO da Nvidia, Jensen Huang, inicia viagem estratégica à Coreia do Sul — veja os possíveis planos

Publicado 29/10/2025 • 07:08 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • O CEO da Nvidia, Jensen Huang, está a caminho da Coreia do Sul, onde deve se reunir com o presidente Donald Trump e com principais executivos de grandes conglomerados do país.
  • Trump pode discutir o futuro da Nvidia na China durante o encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.
  • A Nvidia também pode anunciar novas parcerias em infraestrutura com grandes empresas sul-coreanas, como SK Group e Samsung.

Simon Liu/Gabinete do Presidente

Jensen Huang, CEO da Nvidia.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, está a caminho da Coreia do Sul, um dos mercados mais importantes da empresa, antes de um encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, que ocorrerá no país.

Para Huang, a viagem deve combinar negócios e política, com uma reunião com Trump prevista na agenda, além de encontros com executivos de grandes conglomerados sul-coreanos, como Samsung e SK Group.

Analistas de mercado também estarão atentos a sinais sobre o futuro da Nvidia na China.

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Principais fornecedores da Nvidia

A Coreia do Sul abriga um dos fornecedores mais importantes da Nvidia: a SK Hynix. A empresa desenvolve a chamada memória de alta largura de banda (HBM), um tipo específico de semicondutor usado nos sistemas de inteligência artificial mais avançados da Nvidia.

De acordo com a agência Yonhap, Huang deve se reunir com Chey Tae-won, presidente do SK Group, que é a controladora da SK Hynix.

O encontro pode servir para discutir o desenvolvimento futuro da HBM. A rival Samsung também fabrica esse tipo de memória, mas seus produtos ainda não foram certificados pela Nvidia. Uma conversa sobre o progresso da Samsung nessa tecnologia pode estar na pauta, já que Huang afirmou na terça-feira que pretende se reunir com a empresa.

Infraestrutura e novos negócios

Huang tem feito uma turnê mundial neste ano, visitando países do Oriente Médio, Europa e Ásia. Em muitas dessas viagens, a Nvidia anunciou acordos de infraestrutura, detalhando como a gigante da tecnologia planeja fornecer seus cobiçados processadores gráficos (GPUs) para projetos de centros de dados.

Durante a conferência de desenvolvedores da Nvidia, realizada na terça-feira em Washington, Huang afirmou que a empresa mantém parcerias com a Samsung e com a montadora Hyundai “de diversas formas”, incluindo investimentos em “fábricas de IA” — termo usado para descrever centros de dados voltados ao processamento de inteligência artificial.

A SK Telecom, outra subsidiária do SK Group, está construindo centros de dados na Coreia do Sul. Segundo a Bloomberg, a Nvidia pretende fornecer seus chips ao grupo, conforme fontes próximas ao assunto.

Outras áreas em que a Nvidia pode anunciar planos incluem carros autônomos e robótica, setores que são foco estratégico da indústria tecnológica sul-coreana.

Reunião com Trump e o papel da China

Para Huang, porém, a viagem não será apenas sobre negócios. A geopolítica deve ter papel central, já que a visita coincide com o encontro entre Trump e Xi na Coreia do Sul.

Durante um discurso na Cúpula da APEC em Seul, Trump chamou Huang de “um cara incrível”. Em outro momento, o presidente confirmou que terá uma reunião com o CEO na quarta-feira.

Esta semana pode ser decisiva para o futuro da Nvidia na China. A gigante de tecnologia foi proibida de exportar seus chips de IA ao país até o início deste ano, quando o governo Trump encerrou as restrições. Embora a empresa possa exportar o chip H20 (versão reduzida) para o mercado chinês, Pequim teria orientado empresas locais a não comprá-lo, incentivando-as a adquirir alternativas nacionais.

Na quarta-feira, Trump sinalizou que os processadores de IA Blackwell da Nvidia podem entrar na pauta das conversas com Xi. O chip Blackwell é o produto mais avançado da empresa e atualmente está proibido de ser exportado para a China.

“Trump quer fazer negócios com a China, e ele considera quase tudo um negócio — inclusive a Nvidia”, disse George Chen, sócio e copresidente da área digital do The Asia Group, em entrevista à CNBC na quarta-feira.

“Podemos ver a China buscando algum tipo de garantia de que os Estados Unidos não incluirão rastreadores de localização nos chips vendidos ao país… Os EUA também podem ter suas próprias exigências em troca. Assim, a Nvidia acaba se tornando uma das moedas de negociação entre os dois presidentes na Coreia.”

Em julho, autoridades chinesas levantaram preocupações sobre a segurança dos chips da Nvidia. A segunda maior economia do mundo é um mercado altamente lucrativo para a empresa, e o bloqueio de exportações já custou bilhões de dólares em vendas perdidas. Qualquer reabertura desse mercado seria positiva para o fabricante de chips.

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