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Publicado 12/02/2025 • 16:44
KEY POINTS
EUA precisam urgentemente de mais capacidade energética para acompanhar Pequim, diz executiva do Google.
Os Estados Unidos enfrentam uma crise de capacidade energética em meio à corrida tecnológica contra a China pelo domínio da inteligência artificial (IA), afirmou uma executiva do Google, unidade da Alphabet, nesta semana.
A preocupação aumentou após o surgimento da empresa chinesa DeepSeek, que fez as ações de grandes companhias de energia despencarem em janeiro, diante da especulação de que seu modelo de IA seja mais barato e eficiente.
No entanto, segundo Caroline Golin, chefe global de desenvolvimento de mercado de energia do Google, os EUA precisam urgentemente de mais capacidade energética para acompanhar Pequim.
“Estamos enfrentando uma crise de capacidade neste país e, ao mesmo tempo, estamos em uma corrida de IA contra a China”, disse Golin durante uma conferência do Instituto de Energia Nuclear, realizada em Nova York na terça-feira (11).
O Google estabeleceu, há quatro anos, a meta de operar 100% com energia renovável e livre de carbono. No entanto, segundo Golin, a empresa enfrentou um grande obstáculo, o que a levou a buscar soluções na energia nuclear.
“Percebemos que simplesmente não havia capacidade suficiente no sistema para alimentar nossos data centers no curto e no longo prazo”, explicou a executiva.
Além disso, a empresa constatou que a rápida expansão das renováveis poderia gerar instabilidade na rede elétrica, levando empresas de energia a investirem em gás natural — uma fonte de carbono — para manter o fornecimento estável. “Aprendemos a importância de desenvolver tecnologias limpas e firmes. Reconhecemos que a energia nuclear precisaria fazer parte do portfólio”, afirmou Golin.
Em outubro de 2023, o Google anunciou um acordo para comprar 500 megawatts de energia de um conjunto de pequenos reatores nucleares modulares desenvolvidos pela Kairos Power. Esse tipo de reator tem menor tamanho e um processo de fabricação mais eficiente, o que pode acelerar a adoção da energia nuclear.
Projetos nucleares de grande porte nos EUA enfrentam há décadas atrasos, estouros de orçamento e cancelamentos, e até o momento nenhum pequeno reator modular está em operação no país. A parceria entre Google e Kairos prevê o lançamento do primeiro reator em 2030, com novas unidades entrando em operação até 2035.
Atualmente, o projeto está em fase piloto inicial, com outros parceiros ainda não revelados. Em novembro, a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA autorizou a Kairos a construir dois reatores de teste de 35 megawatts em Oak Ridge, Tennessee. O objetivo é envolver concessionárias de energia e outros investidores para ampliar a adoção dessa tecnologia.
Com o crescimento da demanda energética do setor de tecnologia, a indústria nuclear enxerga uma oportunidade para reativar reatores antigos e construir novas unidades.
Em setembro de 2023, a Constellation Energy anunciou planos para religar o reator nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, por meio de um contrato com a Microsoft. Poucos dias depois do anúncio do Google, a Amazon também investiu mais de US$ 500 milhões em pequenos reatores nucleares.
Apesar do investimento em energia nuclear, Golin afirmou que a solução é de longo prazo. “Nos próximos cinco anos, a energia nuclear não será suficiente para cobrir essa necessidade imediata de capacidade energética”, disse ela.
A crise energética também se tornou tema político. No primeiro dia de seu mandato, o presidente Donald Trump declarou emergência energética nacional por meio de uma ordem executiva, citando a confiabilidade da rede elétrica como um problema central. Em um discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Trump afirmou que usaria poderes emergenciais para acelerar a construção de usinas de energia voltadas para data centers de IA.
Além disso, em 5 de fevereiro, o secretário de Energia dos EUA, Chris Wright, assinou uma ordem destacando a comercialização de energia nuclear acessível e abundante como uma prioridade do governo.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.