Indústria de games no Brasil cresce e movimenta R$ 8,7 bilhões ao ano
Publicado 22/11/2024 • 20:09 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 22/11/2024 • 20:09 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Com mais de 70 milhões de jogadores e uma receita que ultrapassa US$ 1,5 bilhão anuais (cerca de R$ 8,7 milhões, na cotação atual), o país é referência em potencial de consumo e inovação no setor.
A média de idade dos gamers brasileiros, de 30 anos, destaca um comportamento diferenciado: aqueles que começaram a jogar na infância continuam ativos, transformando os games em um hobby que acompanha gerações.
Atualmente, o Brasil é o terceiro ou quarto maior país em número de jogadores no mundo, dependendo do estudo, mas ainda ocupa entre a 11ª e 13ª posição em faturamento. Essa disparidade revela um enorme potencial de crescimento, especialmente se mais jogos e conteúdos forem disponibilizados com preços acessíveis e localizações adequadas para o público brasileiro. A paixão nacional pelos games é refletida em dados: 38% dos brasileiros jogam regularmente, e um terço deles afirma jogar todos os dias.
Os jogos preferidos dos brasileiros incluem títulos de ação, esportes, estratégia e corrida, sendo as plataformas mais utilizadas os smartphones, consoles e computadores. Segundo pesquisas, 53% dos gamers no Brasil são homens, enquanto as mulheres representam 47% desse público. Essa participação quase equilibrada reflete a diversidade e o alcance do mercado de games no país.
A Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina e uma das três maiores do mundo, é um exemplo do impacto do setor. Desde sua primeira edição, em 2008, o evento atraiu mais de 2 milhões de pessoas, consolidando-se como um ponto de encontro para fãs, empresas e influenciadores.
Mesmo durante a pandemia, a BGS inovou com o formato online BGS Day, que ofereceu competições, lançamentos e conteúdo exclusivo, mantendo a conexão entre marcas e consumidores.
Os esportes eletrônicos (eSports) também são um destaque crescente no Brasil.
Atletas como Gabriel “Kami” Bohm já conquistaram reconhecimento global, sendo o primeiro brasileiro a integrar a lista dos 10 melhores jogadores do mundo e ultrapassar 10 milhões de espectadores em uma partida. Times de eSports investem em infraestrutura profissional, com técnicos, psicólogos e analistas, permitindo que os jogadores mantenham alto desempenho em competições que movimentam bilhões de dólares anualmente.
Os eSports transformaram a visão sobre os games, deixando de ser um mero entretenimento para se tornarem um esporte profissional de alta performance. A rotina dos atletas inclui treinos intensos, estudos de estratégia e competições frequentes. Esse segmento atrai tanto fãs quanto investidores, consolidando o Brasil como um dos principais mercados para os esportes eletrônicos.
O impacto dos games vai além do entretenimento. Para muitos jogadores, os jogos são uma forma de relaxar e lidar com os desafios do dia a dia. Profissionais como Janaína Gomes de Oliveira, médica da rede pública de saúde, encontram nos games um refúgio após longas jornadas de trabalho. “Quando eu jogo, consigo esquecer um pouco o estresse e me concentrar em algo que me dá prazer”, relata.
O mercado também chama atenção de investidores, que monitoram de perto os hábitos dos jogadores brasileiros. Pesquisas indicam que o consumo de jogos no país é impulsionado principalmente pela busca por diversão, mas fatores como inovação tecnológica, conteúdo exclusivo e competições também desempenham um papel importante. Além disso, iniciativas como unboxings e desenvolvimento de games nacionais ajudam a fortalecer a relação entre marcas e consumidores.
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