A Intelbras S.A. divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, destacando um lucro líquido de R$ 136,3 milhões, crescimento de 15,9% em relação ao mesmo período de 2024. A receita operacional líquida alcançou R$ 1,25 bilhão, uma alta de 35,3% frente ao primeiro trimestre do ano, impulsionada pela normalização das operações após a migração do sistema ERP.
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De acordo com o relatório de resultados, o EBITDA somou R$ 154,4 milhões no período, representando uma margem de 12,4%. Já o ROIC (retorno sobre capital investido) pré-impostos ficou em 13,6%, com leve recuo de 0,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior. A recomposição do caixa, que atingiu R$ 825,6 milhões, refletiu a redução de estoques e retomada das vendas, sinalizando estabilidade financeira e operacional.
Retomada operacional e crescimento da BU de Segurança
Segundo a administração da companhia, o segundo trimestre marcou a estabilização das margens e a eficiência das fábricas, que operaram conforme o planejado. A Unidade de Negócios (BU) de Segurança se destacou, respondendo por 63% da receita trimestral com R$ 779,1 milhões, um avanço de 16,7% na comparação anual, refletindo a recomposição dos estoques no canal de distribuição e a recuperação de demanda represada.
As BUs de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Energia apresentaram comportamentos distintos. TIC teve crescimento de 28,7% frente ao trimestre anterior, mas estabilidade em relação ao 2T24, enquanto Energia caiu 19,6% na comparação anual, impactada pela ausência de projetos de maior escala. Mesmo assim, houve crescimento de 7% ante o 1T25, com destaque para a evolução da linha de nobreaks.
Controle de despesas e estratégia de longo prazo
As despesas operacionais se mantiveram controladas, com leve alta de 0,8% em relação ao 2T24. O desempenho positivo também refletiu o encerramento dos impactos da migração do ERP, cujos efeitos ficaram concentrados no primeiro trimestre. A companhia também anunciou a criação da Superintendência de Mercado e Jornada do Cliente, integrando áreas estratégicas como inteligência de mercado, gestão de canais e marketing.
“Conseguimos restringir os impactos da migração do sistema ao primeiro trimestre, conforme planejado, graças ao empenho de toda a equipe envolvida e à coordenação entre a Companhia e seus parceiros”, afirmou a administração no comunicado.
Pagamento de dividendos e perspectivas
O Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 69,3 milhões em dividendos, com pagamento previsto para 15 de agosto deste ano, sem atualização monetária. O valor líquido por ação será de R$ 0,21165130246.
Para o segundo semestre, a Intelbras prevê desafios no cenário macroeconômico, mas reforça o compromisso com a geração de valor, a eficiência operacional e o fortalecimento das relações com clientes e parceiros.
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