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Lançamento do Pixel 10 do Google não foi sobre celulares, mas sim uma jogada estratégica de IA
Publicado 21/08/2025 • 23:35 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/08/2025 • 23:35 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Apesar do barulho em torno do lançamento da linha Pixel 10, o que realmente importa para o Google são os recursos de software — fundamentais para a empresa se manter na disputa com nomes como OpenAI e Perplexity no segmento de IA para o consumidor.
Ao apresentar seus novos aparelhos na quarta-feira (20), a Alphabet, dona do Google, destacou diversas funções de inteligência artificial movidas pelos modelos Gemini. Por exemplo, o “Magic Cue” vasculha diferentes aplicativos em busca de informações e entrega esses dados ao usuário na hora certa. Já o “Camera Coach” ensina truques para enquadrar melhor as fotos e ajustar detalhes para conseguir aquela imagem perfeita. Também há tradução simultânea em chamadas telefônicas.
Tudo isso oferece uma prévia do chamado futuro da “IA agente”, em que assistentes inteligentes conseguem executar tarefas complexas sozinhos.
Esse é um momento decisivo para o Google apresentar respostas, já que cresce o temor de queda no número de usuários e na receita de seu principal produto, a busca online. Cada vez mais gente migra para concorrentes como Perplexity e o ChatGPT da OpenAI.
O Google tem uma carta na manga: é o responsável pelo Android, sistema operacional instalado em mais de três bilhões de dispositivos no mundo, principalmente smartphones.
“A empresa está deixando concorrentes como OpenAI e DeepSeek para trás ao aproveitar o acesso a bilhões de usuários do Android, o que permite distribuir, integrar e explorar o Gemini em escala muito maior”, afirmou Neil Shah, sócio da Counterpoint Research, à CNBC.
Ben Wood, analista-chefe da CCS Insight, destacou que o smartphone é “o aparelho de consumo mais presente no planeta”, e que o Google agora tem a chance de “fazer o público se apaixonar pelo Gemini”.
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O Google nem precisa vender muitos aparelhos Pixel para ser bem-sucedido com IA junto ao consumidor. Na verdade, o Pixel teve apenas 0,3% de participação no mercado global de smartphones no primeiro semestre do ano, enquanto a Samsung ficou com 23% e a Apple com 11,8%, segundo a International Data Corporation (IDC).
Mas o objetivo do Google com seus celulares é mostrar o que há de melhor no Android em termos de software e inteligência artificial. Assim, fabricantes que usam Android, como Samsung e Xiaomi, podem adotar essas funções em seus próximos lançamentos.
Esse ciclo acaba espalhando o Gemini e as ferramentas de IA do Google para ainda mais usuários.
“Essa base enorme de usuários cria um ‘efeito bola de neve’ de adoção, uso e retorno, o que fortalece ainda mais o Gemini como o principal agente de IA no aparelho mais popular do mundo — o smartphone”, disse Neil Shah.
O momento também é favorável por causa das dificuldades da rival Apple. A gigante de Cupertino preocupa investidores pela falta de uma estratégia clara de IA, já que o iPhone oferece bem poucos recursos nesse sentido em comparação com o Google.
“O Google está com a moral lá em cima porque a Apple deixou a peteca cair. Quando a Apple acertar na IA, a experiência vai ser incrível. Mas, por enquanto, Google e todos os fabricantes que usam Android têm uma janela de oportunidade”, avaliou Ben Wood.
No entanto, mesmo com a corrida por usuários entre os principais nomes da IA, ainda restam dúvidas sobre como o Google vai transformar seus serviços de inteligência artificial em dinheiro no fim das contas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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