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Tecnologia & Inovação

Monetizadores versus fabricantes: como o mercado de IA pode se fragmentar em 2026

Publicado 25/12/2025 • 12:30 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Investidores têm jogado pesado em empresas de IA este ano, mas o mercado pode se dividir em segmentos em 2026.
  • A montanha-russa de quedas e altas no setor de tecnologia no quarto trimestre pode ser um sinal precoce de diferenciação.
  • Empresas de infraestrutura de IA são apontadas como vencedoras à medida que os modelos de negócios das grandes empresas de tecnologia evoluem.

Lionel Bonaventure | Afp | Getty Images

Esta ilustração, tirada em 20 de abril de 2018 em Paris, mostra aplicativos do Google, Amazon, Facebook e Apple, além do reflexo de um código binário exibido na tela de um tablet

O mercado de inteligência artificial (IA) deve entrar em uma fase de maior fragmentação a partir de 2026, após um fim de 2025 marcado por forte volatilidade no setor de tecnologia, com fusões e aquisições, emissões de dívida e avaliações elevadas reacendendo temores de uma bolha de IA.

Para Stephen Yiu, diretor de investimentos do Blue Whale Growth Fund, esse movimento pode ser um sinal precoce de mudança no comportamento dos investidores, que tendem a passar a diferenciar quem está gastando com IA e quem, de fato, está monetizando a tecnologia.

“Até agora, todas as empresas parecem estar ganhando, mas a IA ainda está em um estágio inicial. O mercado deve começar a diferenciar os modelos de negócio”, afirmou Yiu à CNBC.

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Três grupos de empresas no radar dos investidores

Segundo o gestor, o mercado começa a se dividir em três grandes grupos:

  • Startups e empresas privadas de IA, como OpenAI e Anthropic, que captaram US$ 176,5 bilhões em capital de risco nos três primeiros trimestres de 2025, segundo a PitchBook;
  • Empresas de IA listadas em bolsa, muitas ainda sem lucro ou com modelos pouco testados;
  • Empresas de infraestrutura de IA, que fornecem chips, semicondutores e soluções críticas para o setor.

Gigantes como Amazon, Microsoft e Meta estão entre as que mais investem em infraestrutura, impulsionando fornecedores como Nvidia e Broadcom.

Avaliações sob pressão e foco em fluxo de caixa

O Blue Whale Growth Fund avalia empresas com base no retorno do fluxo de caixa livre em relação ao preço das ações. Segundo Yiu, a maioria das empresas do grupo Magnificent 7 passou a negociar com prêmios elevados após intensificar os investimentos em IA.

“Mesmo acreditando no potencial transformador da IA, não gostaria de estar posicionado nas empresas que estão gastando pesado. Preferimos estar do lado que recebe os investimentos”, disse o gestor.

Risco concentrado e empresas sem lucro no radar

Para Julien Lafargue, estrategista-chefe do Barclays Private Bank and Wealth Management, a euforia da IA está concentrada em segmentos específicos, e não de forma generalizada no mercado.

“O maior risco está em empresas que capturam o entusiasmo da IA, mas ainda não geram lucro, como algumas ligadas à computação quântica. Nesse caso, o posicionamento parece ser guiado mais por otimismo do que por resultados”, afirmou.

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Big techs mais intensivas em capital

Outro ponto de atenção é a mudança estrutural no modelo de negócios das big techs. Empresas tradicionalmente classificadas como asset-light estão se tornando altamente intensivas em capital, devido aos investimentos em GPUs, data centers, energia e terrenos.

Para Dorian Carrell, da Schroders, avaliar essas empresas como companhias de software pode não fazer mais sentido. “Estamos questionando se vale pagar múltiplos tão altos com expectativas de crescimento tão elevadas embutidas”, disse à CNBC.

Dívida, margens e retorno sobre investimento

O setor de tecnologia também recorreu aos mercados de dívida para financiar a expansão da infraestrutura de IA. Embora empresas como Meta e Amazon ainda apresentem posição líquida de caixa positiva, investidores seguem atentos ao impacto da alavancagem.

Se as receitas incrementais de IA não superarem os custos, as margens tendem a se comprimir, e o mercado pode passar a questionar o retorno sobre o investimento, alertou Yiu. “A partir do ano que vem, isso começará a aparecer de forma mais clara nos balanços”, afirmou.

Haverá cada vez mais diferenciação”, concluiu.

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