Publicado 30/12/2024 • 12:08
KEY POINTS
Warren Buffett, Chairman and CEO of Berkshire Hathaway.Adam Jeffery | CNBC
Em poucos anos, a inteligência artificial generativa passou de uma curiosidade divertida — conhecida por conversas peculiares e imagens surreais — para uma ferramenta essencial para as empresas.
Em 2024, quase dois terços das organizações já utilizam IA generativa para tarefas como automação de atendimento ao cliente, análise de dados e otimização de operações. Isso representa o dobro da taxa de adoção em 2023, segundo uma pesquisa global da consultoria McKinsey.
O impacto cultural e econômico da IA ainda está no início, mas o Goldman Sachs estima que ela poderá impulsionar o PIB global em US$ 7 trilhões na próxima década.
Enquanto isso, a ascensão da IA tem gerado tanto entusiasmo quanto preocupação entre líderes empresariais. Alguns a consideram tão transformadora quanto a internet, enquanto outros alertam para riscos éticos e um possível ritmo mais lento de inovação.
Jamie Dimon, CEO e presidente do JPMorgan Chase, uma das vozes mais influentes das finanças globais, tem sido um defensor convicto da IA.
A gigante dos serviços financeiros integrou IA em suas operações há mais de uma década e emprega atualmente mais de 2 mil especialistas em inteligência artificial e aprendizado de máquina em áreas como marketing, prevenção a fraudes e gestão de riscos.
Em sua carta anual aos acionistas, em abril, Dimon descreveu o potencial da IA:
“Estamos completamente convencidos de que as consequências serão extraordinárias e possivelmente tão transformadoras quanto algumas das maiores invenções tecnológicas dos últimos séculos. Pense na prensa de Gutenberg, na máquina a vapor, na eletricidade, na computação e na internet, entre outras.”
De forma semelhante, Bill Gates, cofundador da Microsoft, escreveu em uma publicação no blog, no dia 9 de novembro, que a IA “vai mudar completamente a forma como vivemos, online e offline”.
Apesar dos enormes avanços da IA generativa nos últimos anos, seu desenvolvimento está entrando em uma fase mais lenta e incremental, afirmou Sundar Pichai, CEO do Google, na cúpula DealBook do New York Times, em dezembro.
“O que era mais fácil já foi feito”, disse Pichai, acrescentando que os próximos avanços exigirão inovações mais profundas. Ele destacou que os modelos atuais, como o ChatGPT, estão melhorando em tarefas como raciocínio e conclusão de sequências, mas outra grande revolução pode demorar a acontecer.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, compartilha essa visão, mas incentiva as empresas a adotarem a IA agora, mesmo que seu impacto mais transformador ainda leve anos. Ele comparou o progresso da IA ao início lento da Revolução Industrial, enfatizando a necessidade de paciência e inovação.
Nadella reconheceu que os benefícios da IA ainda não superaram seus custos e afirmou que sua eficácia levará tempo para se refletir nos lucros. Por enquanto, o maior valor da tecnologia está em aumentar a produtividade e preparar as indústrias para usos mais avançados no futuro.
À medida que a IA generativa avança, alguns líderes empresariais demonstram maior cautela em relação à tecnologia.
Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, comparou a invenção da IA ao desenvolvimento da bomba atômica, durante a reunião anual de acionistas da Berkshire, em maio.
Assim como a tecnologia nuclear, Buffett descreveu a IA como um poderoso e transformador “gênio” que, uma vez liberado, não pode ser totalmente contido. “Podemos desejar nunca ter visto esse gênio, ou ele pode fazer coisas maravilhosas”, acrescentou.
Buffett destacou o potencial da IA para golpes, mencionando um exemplo de uma versão gerada por IA de si mesmo online, tão convincente que até sua família poderia ser enganada. Ele brincou: “Praticamente eu enviaria dinheiro para mim mesmo em algum país maluco.”
O investidor bilionário Mark Cuban também compartilhou seu ceticismo sobre a IA em uma entrevista à Wired no início deste ano.
Cuban argumentou que a IA generativa, que depende fortemente de grandes bases de texto, carece de adaptabilidade para resolver problemas do mundo real. “Sabedoria não vem de textos”, disse ele, ressaltando que a IA tem dificuldades em lidar com tarefas que exigem verdadeira compreensão contextual ou intuição.
Apesar desses desafios, que ele acredita que levarão anos para serem superados, Cuban não considera que a IA esteja superestimada. Ele enfatizou a importância de investimentos dos Estados Unidos na tecnologia, alertando que a estabilidade global depende disso.
“Nossa dominância militar, nossa posição no mundo, depende da nossa capacidade de investir em IA”, disse Cuban. “Ponto final.”
📌 ONDE ASSISTIR O MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube On Demand
🔷 NAS PRÓXIMAS SEMANAS: FAST Channels: Samsung TV Plus, Pluto, TCL, LG Channels | Novos Streamings | YouTube Live
Mais lidas
BC: saída de dólares do Brasil em 2024 foi de US$ 15,918 bi, 3ª maior da série histórica
Dona de restaurante estrela Michelin: quem é a empresária que atropelou brasileiros em Buenos Aires
STF proíbe bets que patrocinam Corinthians e Flamengo de operarem em todo o País
Natura vai deixar de operar a The Body Shop no Brasil
Gol faz acordo com Fazenda e Receita para parcelar débitos fiscais de R$ 5,5 bi