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O logotipo da Paramount Pictures é exibido em frente aos Estúdios Paramount em 31 de janeiro de 2024, em Los Angeles, Califórnia. O magnata da mídia Byron Allen fez uma oferta para comprar a Paramount Global em um acordo avaliado em US$ 30 bilhões, incluindo dívidas, de acordo com um porta-voz do Allen Media Group. Mario Tama/Getty Images/AFP (Foto de MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

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Tesla relata queda nas vendas com queda na receita automotiva pelo segundo trimestre consecutivo

Publicado 23/07/2025 • 17:33 | Atualizado há 1 dia

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • A Tesla divulgou, nesta quarta-feira (23), os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025.
  • Os números vieram abaixo das expectativas do mercado, reforçando a pressão sobre a montadora de veículos elétricos (EVs) em meio à crescente concorrência e controvérsias envolvendo seu CEO, Elon Musk.
  • No início de julho, a Tesla já havia informado uma queda de 14% nas entregas globais de veículos em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 384 mil unidades — o pior desempenho entre os grandes players do setor.

A Tesla divulgou, nesta quarta-feira (23), os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado, reforçando a pressão sobre a montadora de veículos elétricos (EVs) em meio à crescente concorrência e controvérsias envolvendo seu CEO, Elon Musk.

Segundo dados divulgados após o fechamento dos mercados, o lucro por ação ajustado foi de US$ 0,40, abaixo dos US$ 0,43 estimados por analistas consultados pela LSEG. A receita da companhia totalizou US$ 22,5 bilhões no trimestre, também inferior à previsão de US$ 22,74 bilhões.

No início de julho, a Tesla já havia informado uma queda de 14% nas entregas globais de veículos em relação ao mesmo período de 2024, totalizando 384 mil unidades — o pior desempenho entre os grandes players do setor.

Apesar das entregas representarem a métrica mais próxima das vendas de veículos elétricos da empresa, a Tesla não especifica com precisão esse dado em seus comunicados oficiais.

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Pressão política e concorrência acirrada

O desempenho fraco da Tesla no ano ocorre em meio a uma onda de críticas nos Estados Unidos e na Europa, após Elon Musk intensificar sua atuação política. O bilionário financiou abertamente a campanha de reeleição de Donald Trump, apoiou o partido de extrema-direita AfD na Alemanha e chegou a liderar o Departamento de Eficiência Governamental da administração Trump (DOGE, na sigla em inglês), onde promoveu cortes de pessoal, desregulamentação e o fim da agência de ajuda internacional USAID.

No mesmo período, montadoras concorrentes ampliaram suas vendas e ganharam participação no mercado. A General Motors, por exemplo, viu suas vendas de EVs nos EUA crescerem 111% em relação ao ano anterior, atingindo cerca de 46.300 unidades e uma fatia de mercado estimada em 16% — ainda distante da Tesla, mas em clara ascensão.

Outro fator que pesa contra a empresa é o adiamento da produção do aguardado “Model 2”, uma versão mais acessível do veículo elétrico da marca. Enquanto isso, rivais chineses têm lançado modelos com tecnologia avançada de direção autônoma como item de série, e não mais como opcional.

Aposta em robotáxis e robôs humanoides

Para tentar manter o entusiasmo de investidores e fãs, Musk aposta em projetos futuristas, como os robotáxis e o robô humanoide Optimus. Segundo ele, os robotáxis da Tesla poderão gerar renda para seus proprietários, operando de forma autônoma. Já os robôs Optimus teriam funções como operários de fábrica ou até mesmo babás.

Nesta semana, a Tesla inaugurou um restaurante com estação de recarga em Los Angeles, onde visitantes podem observar um robô Optimus realizando tarefas simples, como servir pipoca. A empresa, no entanto, enfrenta forte concorrência nesse setor, com destaque para nomes como Boston Dynamics, Agility Robotics e Figure AI.

Em Austin, no Texas, a Tesla iniciou testes com um serviço de robotáxi limitado, que opera com um assistente humano a bordo e atende apenas um grupo seleto de usuários — em sua maioria, entusiastas da marca.

Apesar do otimismo de parte dos investidores, analistas do Bank of America alertaram que o impacto financeiro dos robotáxis no curto prazo deve ser “insignificante”.

Investidores atentos a margens e riscos regulatórios

A Tesla também está sob escrutínio da Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos EUA (NHTSA), após relatos de incidentes com veículos autônomos. Em um dos casos, um robotáxi raspou em um carro estacionado; em outro, o veículo invadiu momentaneamente a faixa contrária.

Analistas do Barclays avaliaram que a empresa demonstrou “fundamentos fracos” na preparação para o balanço. Ainda assim, muitos investidores continuam apostando na narrativa tecnológica da Tesla.

Este é o primeiro resultado da companhia desde que Elon Musk deixou oficialmente seu cargo no governo Trump — mudança que veio acompanhada de duras críticas ao presidente republicano, principalmente por seu apoio a um pacote de gastos federais.

Musk também anunciou que pretende fundar um novo partido político nos EUA, o chamado America Party (Partido América).

Durante a preparação para a teleconferência de resultados, marcada para as 18h30 (horário de Brasília), uma das perguntas enviadas por investidores à plataforma Say questiona se a Tesla adotará medidas para lidar com os riscos associados ao envolvimento político de Musk — incluindo possíveis impactos regulatórios e de imagem pública.

A expectativa é que a Tesla comente ainda sobre suas margens automotivas e os efeitos das tarifas impostas por Trump, além do fim dos subsídios federais à compra de veículos elétricos.

As ações da Tesla acumulam queda de cerca de 18% em 2025, sendo o pior desempenho entre as grandes empresas de tecnologia. No mesmo período, o índice Nasdaq registra alta de aproximadamente 9%.

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